Victor Barbosa*
postado em 27/07/2017 14:37
Parte da entrada da residência do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), em Fortaleza, foi pichada por um grupo de manifestantes do Levante Popular da Juventude (LPJ), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), na manhâ desta quinta-feira (27/7).
O ato, chamado de "escracho" pelas redes sociais dos movimentos, critiou a posição do político na aprovação da reforma trabalhista e na PEC do Teto dos gastos, que estabeleceu um teto para o crescimento dos gastos públicos. Os manifestantes também acusaram Eunício de articular o "golpe" que tirou a ex-presidente Dilma do poder e de ser "um dos responsáveis pela crise política no Brasil".
[SAIBAMAIS]O protesto está associado a uma séria de manifestações que estão acontecendo no país, chamadas de II Jornada de Luta pela Reforma Agrária, que têm a intenção de denunciar "os parlamentares e senadores que colaboraram com o golpe que culminou no impeachmentde Dilma Rousseff" e defender os direitos dos trabalhadores, segundo o MST.
Para a coordenadora do Levante, Tamyres Lima, 27, a ação desta quinta-feira serviu para expor o político em sua vizinhança, utilizando "técnicas de agitação e propaganda, como o stencil". "Vamos continuar esses escrachos, denunciando os deputados e senadores que, no lugar de representarem o povo brasileiro, têm atuado como nossos inimigos", afirma.
Transmitida pelas redes sociais, o ato, que segundo o LPJ reuniu 200 pessoas, resultou na pichação da frase "Inimigo do povo: Eunício golpista" na calçada e em uma parede do prédio do senador, localizado em uma das áreas mais nobres de Fortaleza.
O presidente do senado é investigado na Laja-Jato, por recebimento de propina da Odebrecht, para facilitar a aprovação de medidas provisórias favoráveis à empreiteira.
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A assessoria de Eunício Oliveira não se posicionou até o momento da publicação desta notícia.
*Estagiário sob supervisão de Anderson Costolli