Politica

Maia afirma que manterá rito previsto para votação de denúncia contra Temer

Os oposicionistas queriam um rito semelhante ao do impeachment de Dilma Rousseff, quando cada deputado teve cinco minutos para discursar

Paulo de Tarso Lyra
postado em 01/08/2017 17:57
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (1;/8) que o formato da votação desta quarta, que prevê a fala do relator do processo, deputado Paulo Abi-Ackel, do advogado de defesa, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira e o de mais dois deputados defendendo o governo e dois contrários, está previsto no regimento da Casa. A oposição pretende apresentar uma questão de ordem para mudar este rito.
"No final do primeiro semestre, eu tentei um acordo em relação a esse tema, mas os líderes da base não aceitaram. Por isso, vou seguir o regimento interno e a Constituição Federal para evitar que algum deputado questione os procedimentos no Supremo Tribunal Federal (STF) e a sessão seja anulada", justificou Maia.

Os oposicionistas queriam um rito semelhante ao do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, quando cada deputado teve cinco minutos para discursar, defendendo as suas posições. Pelas regras estabelecidas para quarta-feira, a sessão será iniciada quando houver a presença de ao menos 52 deputados em Plenário. Quando o quórum atingir 257, as discussões serão encerradas, mas a votação só poderá ser iniciada com a presença de 342 parlamentares. O governo calcula ter entre 260 e 290 votos, número mais do que suficiente para encerrar a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Temer.

Maia não quis entrar no mérito sobre a possibilidade de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar uma nova denúncia contra o presidente Temer. "Eu não sou advogado, mas imagino que, se isso acontecer, terá que ser com base em novos elementos diferentes dos que estão na atual denúncia", finalizou.

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