Politica

Nove partidos anunciam apoio a parecer da CCJ sobre Temer; nove são contra

Oposição precisa de 342 votos para dar continuidade à investigação contra o presidente no Supremo

Agência Estado
postado em 02/08/2017 16:59
Nove partidos já anunciaram apoio ao parecer que sugere a derrubada do processo contra o presidente Michel Temer. Ao mesmo tempo, seis grupos políticos anunciaram o encaminhamento de voto contra o parecer. Ou seja, apoiam o processo contra o presidente Temer.

Até agora, o PMDB - partido do presidente da República -, PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC e Solidariedade anunciaram encaminhamento de voto a favor do parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é contrário à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer.

Por outro lado, PT, PSDB, PSB, PDT, PCdoB, PPS, o PHS, PSOL e PPS encaminharam voto contra o parecer. Ou seja, apoiam o processo vindo da PGR e, assim, são contra a continuidade do governo Michel Temer.

DEM e PSDB, porém, não fecharam questão sobre o tema e houve apenas a orientação da bancada. Ou seja, votos poderão ser divergentes do encaminhamento feito no plenário.
Em discurso no Plenário, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Ricado Tripoli (SP), justificou a posição ao dizer que a sociedade brasileira "não aguenta mais". "Com tanto escândalo e denúncia, o cidadão está exausto, desesperançado e descrente no país", argumentou.
O deputado Weverton Rocha (PDT-MA) informou que seu partido vai votar contra o relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que recomenda o arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Ao discursar na sessão que analisa a denúncia, Rocha afirmou que o encaminhamento do PDT não é um incentivo à "instabilidade política", mas sim um incentivo para o povo acreditar nas instituições. "Aqui o mérito é político. Temos obrigação de votar sim à investigação de um governo estelionatário", afirmou o parlamentar.
Já o deputado Pastor Eurico (PHS-PE), ao encaminhar voto contra o parecer, afirmou que seis dos sete parlamentares da sigla na Câmara votam de forma igual. "Quem não deve não teme. Se o presidente Temer não deve, por que temer a investigação?", questionou Eurico, acrescentando que o presidente terá a oportunidade de se defender no processo.

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