Bernardo Bittar, Paulo de Tarso Lyra
postado em 02/08/2017 22:33
Caso a denúncia contra Michel Temer fosse adiante e o presidente da República se tornasse réu por corrupção e perdesse o cargo, o sucessor seria o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ. O parlamentar afinou o discurso e chegou a se articular contando com essa possibilidade, mas, após vitória do governo na Casa, afirmou estar ao lado de Michel Temer.
Segundo Maia, está na hora de "o Brasil olhar para frente". "Agora é hora de vislumbrar o futuro. Temos um país que vive em crise profunda. Precisamos produzir, ver as reformas que serão viáveis. Mudar a política e, claro, prestar atenção na reforma trabalhista".
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Ainda segundo Rodrigo Maia, embora o clima seja de otimismo, certas coisas precisam ser vistas e, para isso, ele declarou ter "certeza" do apoio do presidente. Uma das mudanças envolve o apoio dos parlamentares na Casa. "É necessário reorganizar a base, claro. Fazer alianças com o PSDB, que apoio as reformas, e buscar proximidade com o Executivo".
Após o fim da votação, comentou-se que Maia teria trabalhado pela derrubada de Michel Temer. Se isso acontecesse, até o fim do ano que vem ele seria chefe do Executivo. "Eu não sou novo, mas sempre temos oportunidade de passar por momentos de aprendizado. E a gente aprende com erros e acertos. Ao longo desse processo algumas pessoas entorno do presidente agiram de maneira muito errada comigo, mas o tempo é capaz de curar tudo isso;, concluiu.
Embora o discurso de Rodrigo Maia seja de afagos a Michel Temer, o democrata chegou a se articular na Câmara quando acreditava ter chances de se presidente da República.
O depurado é integrante do Democratas, sigla que orientou os parlamentares a favor do presidente Michel Temer. Dos 31 parlamentares filiados ao partido, 24 votaram com o governo.