Agência France-Presse
postado em 19/08/2017 21:14
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reunirá na próxima quarta-feira com o presidente russo, Vladimir Putin, em Sotchi, às margens do Mar Negro, para falar sobre a situação na Síria, anunciou neste sábado o governo israelense.
Os dois dirigentes "vão falar dos últimos acontecimentos na região", acrescentou o gabinete de Netanyahu, após recordar que ambos se reuniram em várias ocasiões nos últimos anos "para evitar atritos entre as aviações israelense e russa na Síria".
A esse respeito, destacou que os acordos concluídos durante estas discussões permitiram evitar "até agora" enfrentamentos entre as duas forças.
Durante os últimos cinco anos, a aviação israelense bombardeou uma centena de vezes comboios de armas destinados ao Hezbollah libanês e outros grupos armados na Síria e em outros lugares, declarou na quinta-feira o general Amir Eshel, comandante da aviação israelense.
Desde o início da guerra na Síria, em 2011, Israel acompanha com atenção especial o desenvolvimento da situação no país vizinho, sem de deixar arrastar para o conflito, mas reservando-se o direito de bombardear pontualmente os comboios destinados ao Hezbollah ou posições das forças regulares sírias.
O embaixador israelense em Moscou havia sido convocado à chancelaria russa para dar explicações sobre os bombardeios israelenses contra alvos apontados como vinculados ao Hezbollah libanês, aliado do regime de Bashar Al Assad.
Juntamente com o Irã, a Rússia é um dos principais aliados do regime de Damasco e lançou a partir de setembro de 2015 uma intervenção militar em apoio às forças governamentais.
O ministro israelense encarregado dos serviços de Inteligência, Isra;l Katz, havia dito à AFP que a Rússia no geral não é informada de antemão sobre os ataques israelenses na Síria.