Renato Souza, Agência Estado
postado em 21/08/2017 15:59
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o senador Romero Jucá ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (21/8). O peemedebista (RR) e líder do governo no Senado é acusado de crimes investigados na Operação Zelotes, que apura fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado à Receita Federal.
A denúncia foi protocolada em segredo de Justiça e, por isso, não foram divulgados detalhes do processo encaminhado pelos procuradores. Quem está responsável pelo caso é o ministro Ricardo Lewandowski, relator da Zelotes na Suprema Corte. O senador ainda será notificado da denúncia.
À Agência Estado, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que o procurador-geral da República Rodrigo Janot está lançando suas "flechas finais". O advogado, que defende Romero Jucá (PMDB/RR), reagiu com veemência à nova denúncia de Janot, agora contra o senador no âmbito da Operação Zelotes.
"Tendo a acreditar que isso faz parte da sessão de flechas finais do Janot", sugeriu o advogado, em alusão à declaração recentemente dada pelo procurador-geral, segundo o qual "enquanto houver bambu, lá vai flechada".
Janot deixa o comando da Procuradoria-Geral da República, que ocupou por dois mandatos consecutivos, no próximo dia 17 de setembro. Jucá é acusado por suposto favorecimento ao Grupo Gerdau em uma Medida Provisória, em troca de doações eleitorais. Além dele, são investigados no mesmo caso os deputados Alfredo Kaefer (PSL-PR) e Jorge Côrte Real (PTB-PE).
"O inquérito não apontou indícios de prática de crimes pelo senador Romeu Jucá", declarou o criminalista.
Para Kakay, a denúncia "faz parte de um conjunto de acusações que estão sendo apresentadas pelo procurador-geral da República no fim de seu mandato para mostrar resultados".
A Gerdau informou, em nota, que não teve acesso ao conteúdo da denúncia da PGR. Em relação à MP 627/13, que trata de bitributação de lucros provenientes do exterior, a empresa alegou ter participado, "de forma legítima e em conformidade com a legislação brasileira", de discussões sobre o tema, "lideradas por entidades de classe e em conjunto com outras empresas de atuação internacional".
A Gerdau reiterou que "possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos". Além disso, reafirmou que "está, como sempre esteve, à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados".
"Tendo a acreditar que isso faz parte da sessão de flechas finais do Janot", sugeriu o advogado, em alusão à declaração recentemente dada pelo procurador-geral, segundo o qual "enquanto houver bambu, lá vai flechada".
Janot deixa o comando da Procuradoria-Geral da República, que ocupou por dois mandatos consecutivos, no próximo dia 17 de setembro. Jucá é acusado por suposto favorecimento ao Grupo Gerdau em uma Medida Provisória, em troca de doações eleitorais. Além dele, são investigados no mesmo caso os deputados Alfredo Kaefer (PSL-PR) e Jorge Côrte Real (PTB-PE).
"O inquérito não apontou indícios de prática de crimes pelo senador Romeu Jucá", declarou o criminalista.
Para Kakay, a denúncia "faz parte de um conjunto de acusações que estão sendo apresentadas pelo procurador-geral da República no fim de seu mandato para mostrar resultados".
Gerdau
A Gerdau informou, em nota, que não teve acesso ao conteúdo da denúncia da PGR. Em relação à MP 627/13, que trata de bitributação de lucros provenientes do exterior, a empresa alegou ter participado, "de forma legítima e em conformidade com a legislação brasileira", de discussões sobre o tema, "lideradas por entidades de classe e em conjunto com outras empresas de atuação internacional".
A Gerdau reiterou que "possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos". Além disso, reafirmou que "está, como sempre esteve, à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados".