Politica

Na 7ª fase da Operação Pecúlio, PF caça plantões médicos fantasmas de Foz

A PF informou que apreendeu na residência de um médico armamento, munições e até silenciadores

Agência Estado
postado em 24/08/2017 14:42
A Polícia Federal deflagrou a sétima fase da Operação Pecúlio, em Foz do Iguaçu (PR), agora na caça de plantões médicos fantasmas envolvendo o ex-prefeito Reni Pereira (PSB), alvo de mandado de condução coercitiva. Ao todo, a 3.; Vara da Justiça Federal expediu 14 mandados de condução - além de Reni estão sob suspeita cinco médicos e os ex-vereadores Edílio Dall;Agnol e Luiz Queiroga que, na quinta fase da missão, chegaram a ser presos.


[SAIBAMAIS]A PF informou que apreendeu na residência de um médico armamento, munições e até silenciadores.

A investigação revela que o esquema dos plantões fictícios envolve uma empresa credenciada junto à Prefeitura de Foz no período entre 2014 e 2015. Valores pagos pelo Tesouro municipal eram "utilizados para complementar a remuneração de agentes públicos".

A PF destacou que o esquema era abastecido por "desvio de recursos públicos, com a finalidade de obtenção de vantagens indevidas".

Cerca de 80 policiais federais foram mobilizados para cumprimento de 26 mandados judiciais, sendo 14 de condução coercitiva e 12 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados.

"As evidências apontam que no biênio 2014/2015 foram indevidamente incluídos plantões médicos fictícios lançados em benefício de empresa credenciada junto à Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, sendo os respectivos valores utilizados para complementar a remuneração de agentes públicos", assinala a PF. "Alguns casos para burlar o limite constitucional previsto para servidores da esfera municipal - subsídio do ex-prefeito -, e também remunerar pessoas sem vínculo direto com a administração", informou a instituição.

A PF ressaltou que Reni Pereira tinha conhecimento dos plantões médicos fictícios.

Segundo o delegado Sérgio Ueda, o ex-prefeito pediu que fossem realizados pagamentos "por fora" para servidores ligados ao esquema.

A reportagem não localizou a defesa de Reni até o fechamento deste texto.

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