Agência Estado
postado em 25/08/2017 18:18
[FOTO1]Em caravana pelo Nordeste, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se disse grato ao senador Renan Calheiros (PMDB) e ao ex-presidente José Sarney (PMDB ) nesta sexta-feira (25/8) durante passagem por Pernambuco. Apesar de Renan ter se distanciado do PT durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o peemedebista participou do evento com o petista em Alagoas, o que rendeu críticas por parte da militância.
Renan, presidente do Congresso à época, votou pelo impeachment de Dilma. Nesta sexta-feira, Lula disse que considera que as alianças políticas são necessárias e no caso do Renan, que o senador ajudou a governar o País. Lula também se mostrou grato ao ex-presidente José Sarney, que até chegar ao Planalto era um dos seus maiores alvos de crítica.
[SAIBAMAIS]"Eu sou grato ao Sarney como presidente do Senado. Eu sou grato. Ora, você vai deixar de ter um tubarãozinho manso para ter um tubarão novo mordendo até o pé. Eu acho que você tem que medir essa decisão em cada momento. Você não precisa fazer um acordo definitivo. Você pode fazer acordos pontuais. Em cima de cada projeto", disse o cacique petista.
"Deixa eu falar uma coisa para as pessoas entenderem. O Renan pode ter todos os defeitos, agora o Renan me ajudou a governar esse País. Se ele cometeu algum erro - e eu sou da opinião seguinte, que todo mundo é inocente até que se prove o contrário Olha, se eu quero pra mim a inocência até que se prove o contrário eu tenho que querer para os outros também", disse Lula
Em Pernambuco, o ex-presidente ainda expressou o desejo de ter uma frente de esquerda no Brasil para as eleições de 2018. "Eu gostaria que a esquerda tivesse mais força, que cada partido, o PCdoB elegesse 50 deputados, que o PSOL elegesse 50, 60, que o PSTU elegesse 50, 60. Que a esquerda do PMDB elegesse 50, 60. Mas quem vota é o eleitor. E quando eleitor vota nós temos que nos subordinar ao desejo das urnas". Segundo Lula, a esquerda terá que ser mais cuidadosa no discurso para melhor orientar a população na hora do voto.