Agência Estado
postado em 29/08/2017 12:25
Governadores de Estados agrícolas presentes no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS), em São Paulo, aproveitaram a cerimônia de abertura para tecer elogios à atuação de Blairo Maggi (PP-MT) à frente do Ministério da Agricultura. A ação acontece em um momento em que Maggi está sob pressão por causa da delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB-MT).
Os gestores estaduais aprovaram a atuação do ministro após a deflagração da operação Carne Fraca, em março, que foi amplamente elogiada pelo setor. Segundo Reinaldo Azambuja, governador de Mato Grosso do Sul (PSDB), o estrago da operação foi menor graças aos esforços de Maggi.
Já o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO), destacou que o ministro "foi capaz, devido à sua experiência e liderança no setor, de dar um pouco de folga nesses momentos difíceis". "Ele foi capaz de dar respostas em um período muito curto."
Maggi foi premiado como destaque político do ano para o setor no evento, que contou com a participação dos governadores Pedro Taques (PSDB-MT), Raimundo Colombo (PSD-SC) e Geraldo Alckmin (PSDB-SP), e do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo.
Inquérito
Na semana passada, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para apurar suposta organização criminosa que teria se instalado no governo de Mato Grosso. Ao pedir a investigação à Corte, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atribuiu ao atual ministro Blairo Maggi "a função de liderança na organização criminosa" delatada pelo ex-governador.
Na segunda-feira (28/8), Maggi disse que poderia deixar o cargo caso a investigação envolvendo seu nome em delação do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa atrapalhasse seu trabalho na pasta. "No momento em que eu perceber que essa acusação cria embaraços para minha atividade como ministro, sairei imediatamente", afirmou.