O deputado federal Izalci Lucas já fala como candidato ao governo do Distrito Federal. A confiança dele vem da aproximação de nomes de peso dentro do PSDB, como Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e João Doria. Em entrevista ao programa CB.Poder, parceria do Correio Braziliense e da TV Brasília, o tucano falou sobre as brigas que tomaram conta da legenda nas últimas semanas, da relação com o presidente Michel Temer e, como não podia deixar de ser, do governador Rodrigo Rollemberg. ;O Rollemberg não tem o perfil de gerenciar, de gestão;, dispara, em uma das respostas. E afirma que o chefe do Executivo não se relaciona com a bancada do DF no Congresso Nacional.
Como esse racha tem prejudicado o PSDB e a organização para as eleições de 2018?
O racha está muito mais na mídia do que no partido. A gente tem discutido muito, evidente. Isso é natural, principalmente em véspera de eleição. Mas, na última reunião, as coisas foram pacificadas, sem nenhuma dificuldade. A palavra hoje é unidade. O fato de ter divergência é natural, mas vamos caminhar juntos. Não é essa discussão de Doria e Alckmin. O candidato, hoje, é Geraldo Alckmin. O Doria vai apoiá-lo.
No caso do DF, é o senhor o candidato do PSDB?
Eu estou fazendo o projeto desde 2012. O PSDB já deveria ter colocado a capital de todos os brasileiros como uma meta principal. Nós não estaríamos nessa situação se tivéssemos sido governados pelo PSDB todos esses anos.
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Uma pesquisa encomendada pelo Correio Braziliense indicou que 91% das pessoas entrevistadas ainda não sabem em quem votar. Como o senhor vê esse cenário?
Eu vejo isso com naturalidade. As pesquisam sempre foram assim: 80% das pessoas ainda não definiram quem serão seus candidatos, só vão pensar nisso na época das eleições. O Doria, por exemplo, foi uma revelação que não tinha chance nenhuma, estava com 3 % no início, mas, graças ao apoio do Alckmin, foi eleito. Não acredito que virá alguém de paraquedas, não tem mais salvador da pátria.
Como está a relação com Rodrigo Rollemberg?
Hoje, está muito clara: nós somos oposição ao Rollemberg. Por mais que a gente tenha apoiado no segundo turno, inclusive contra minha vontade. Mas eu já sabia, o Rollemberg não tem o perfil de gerenciar, de gestão, e ele não tinha a proposta concreta.
Falta efetividade em relação à pressão para conseguir as coisas para o DF?
Sim, falta conhecer os convênios, o sistema, ver que tipo de colaboração que pode ser feita.
E a bancada do DF na Câmara não poderia fazer essa ponte?
Sim, mas o Rodrigo desprezou completamente os deputados e senadores. Ele não se relaciona com a bancada, por incrível que pareça. A gente coloca emendas e ele não consegue executar.