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Temer está preparado para nova denúncia, diz Antonio Imbassahy

Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Governo, o presidente está confiante de que uma eventual segunda denúncia será barrada na Câmara

Agência Estado
postado em 07/09/2017 18:37
Temer sentado à mesa com placa escrito Brazil, com z, à sua frente, e fundo azul
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que o presidente Michel Temer está tranquilo e preparado para enfrentar uma eventual segunda denúncia contra ele apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo o tucano, Temer está confiante de que uma segunda acusação será barrada na Câmara, assim como aconteceu com a primeira denúncia, que foi rejeitada no início de agosto deste ano.

"(O presidente) continua muito tranquilo, preparado para qualquer tipo de especulação que venha, como foi na primeira, e confiante que isso não vai prosperar", afirmou Imbassahy em entrevista à imprensa, após participar de almoço na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em Brasília. O encontro durou mais de três horas e contou com a presença do presidente Michel Temer e outros ministros, como Helder Barbalho, da Integração Nacional.

O ministro da Secretaria de Governo afirmou que todos os integrantes do governo estão "estarrecidos" com os últimos acontecimentos envolvendo "essa dupla" de delatores do grupo J, que controla o frigorífico JBS: Joesley Batista, um dos donos da empresa, e Ricardo Saud, ex-diretor de Relações Institucionais do grupo. Imbassahy se referia à investigação aberta por Janot para apurar possíveis omissões e irregularidades no fechamento de acordo de delação dos executivos.

O ministro sustentou, porém, que o assunto não foi tocado durante o almoço na casa do presidente da Câmara. "Foi um encontro entre amigos, um encontro de caráter social", declarou. Segundo ele, "em nenhum momento", se falou sobre Janot, sobre as malas com R$ 51 milhões encontradas em um apartamento que estaria emprestado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) nem do depoimento do ex-ministro dos governos do PT Antonio Palocci, no qual o petista incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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