Agência Estado
postado em 12/09/2017 20:11
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ter uma recepção menor em Curitiba para o seu segundo depoimento ao juiz Sergio Moro, marcado para amanhã, às 14h. De acordo com Dr. Rosinha, presidente estadual do PT do Paraná, a expectativa é que o ato pró-Lula possa reunir quatro mil pessoas, menos que os cerca de 5 mil manifestantes vistos em 10 de maio, data do primeiro encontro entre o ex-presidente e o juiz da Lava-Jato.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná disse em nota esperar cerca de 2,5 mil manifestantes favoráveis ao petista amanhã. O efetivo destacado para acompanhar os atos também será menor, cerca de mil homens, contra quase 1,7 mil PMs e mais de 3,3 mil agentes de segurança pública em maio. Manifestações de grupos hostis ao PT e Lula, como o Movimento Brasil Livre (MBL) também estão agendadas em outros pontos da capital paranaense.
Com a expectativa de mobilização menor, a Justiça Federal em Curitiba manteve o expediente da terça-feira, ao contrário do que aconteceu em maio, quando o tribunal fechou as portas com receio da confusão.
Enquanto o ex-presidente depõe, o PT organizou uma programação que inclui atividades culturais e aula pública com o ministro da Justiça do governo Dilma Roussef, Eugênio Aragão, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) e o líder do MST, João Pero Stédile.
Às 19h, está agendado um ato público de políticos do partido. Entre os confirmados pela organização, estão a senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e os senadores Humberto Costa (PE), Lindbergh Farias (RJ), Fátima Bezerra (RN) e Paulo Rocha (PA). Presente em maio, a ex-presidente Dilma Roussef ainda não decidiu se vai a Curitiba amanhã.
Lula vai depor a Moro dentro do inquérito em que o petista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro supostamente recebido da empreiteira Odebrecht para compra de um terreno destinado abrigar a sede do Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que o petista reside em São Bernardo do Campo. Em maio, o ex-presidente foi interrogado em outro processo, referente ao triplex do Guarujá, na qual o juiz o condenou a nove anos e seis meses de prisão.