[SAIBAMAIS]"O procurador-geral da República foi ludibriado, houve omissão de informações", afirmou Dino. As omissões teriam sido reveladas por novos áudios de conversas entre o empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J, e ex-executivo Ricardo Saud. As gravações levantam suspeitas de que os dois delatores manipularam provas da delação. Além disso, provocaram suspeitas de que o ex-procurador da República Marcelo Miller, que fez parte da equipe de Janot, atuou dentro da PGR a favor dos delatores, enquanto ainda estava no cargo. Após deixar o posto, Miller virou advogado do escritório que comandou o acordo de leniência do grupo J.
Para o vice-procurador-geral, esses fatos não invalidam as provas. Para ele, as provas só serão examinadas após Janot apresentar eventual segunda denúncia e, se a Câmara dos Deputados aprovar a admissibilidade dela. "Esse juízo de admissibilidade sequer foi exercido, porque sequer foi proposta ação penal", disse. Na avaliação de Dino, o Supremo não pode fazer essa pré-avaliação no bojo dos "estreitos limites" da questão de ordem apresentada pela defesa de Temer. "Por todos esses aspectos, a PGR insiste no argumento da rejeição da questão", acrescentou.