Politica

Mais dois senadores deixam a recém-criada CPMI da JBS

A rebelião provocada pela escolha de Marun, conhecido pela defesa enfática que faz do governo de Michel Temer, já havia resultado na saída de outros dois integrantes

Agência Estado
postado em 13/09/2017 21:45
Recém-criada no Congresso, a CPMI da JBS teve mais duas baixas nesta quarta-feira (13/9). Os senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Dário Berger (PMDB-SC) pediram para deixar o colegiado.

Cristovam atribuiu a decisão à escolha do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como relator da comissão. "Eu não gosto de CPI, não tenho vocação. Mas a saída também tem a ver com a indicação do relator porque acho que estão fazendo chapa branca", afirmou.

A rebelião provocada pela escolha de Marun, conhecido pela defesa enfática que faz do governo de Michel Temer, já havia resultado na saída de outros dois integrantes: os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Otto Alencar (PSD-BA). Todos os que deixaram o colegiado são de partidos da base.

Procurado, Berger não havia se manifestado sobre o motivo que o levou a pedir para deixar a CPMI até a publicação da notícia. Sua indicação foi anunciada hoje pelo líder do PMDB, Raimundo Lira.

O senador catarinense é um dos que tiveram a campanha financiada pela JBS. Ele recebeu R$ 500 mil em 2014. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou nesta quarta-feira, quase um terço dos parlamentares que integram a CPMI receberam da empresa, que é alvo da comissão.

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