Natália Lambert
postado em 14/09/2017 18:20
A denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa o presidente da República, Michel Temer, de organização criminosa junto a caciques peemedebistas como os ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco, Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures. Segundo Janot, o esquema permitiu que os denunciados recebessem, a título de propina, pelo menos R$ 587 milhões e causaram prejuízos aos cofres públicos.
De acordo com a peça, o grupo, de forma estruturada, teria atuado em diversos delitos desde 2006 em um sistema de arrecadação de propina em diversos órgãos como a Petrobras, Furnas, Caixa Econômica Federal, Ministério da Integração Nacional, Ministério da Agricultura, Secretaria de Aviação Civil e Câmara dos Deputados.
Para não focar a acusação somente na delação dos executivos do grupo J&&, como foi a primeira denúncia por corrupção passiva, a acusação de Janot reúne informações de investigações e delatores desde o começo da Operação Lava-Jato. O fato de a denúncia não estar baseada somente nas delações questionadas da JBSminimiza o discurso do governo de ela não se sustenta.