postado em 15/09/2017 10:34
O empresário da JBS Joesley Batista, dono do Grupo J, foi transferido de Brasília para São Paulo nesta sexta-feira (15/9) em uma aeronave da Polícia Federal (PF). O executivo será ouvido em audiência de custódia da Operação Tendão Aquiles, que investiga manipulação do mercado financeiro de Joesley e de seu irmão Wesley Batista. Os dois foram alvos de prisão preventiva na quarta-feira (13/9) nas investigações sobre o crime.
[SAIBAMAIS]Depois de transportar Joesley, a mesma aeronave foi reservada para buscar em Curitiba o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e levá-lo a Brasília. O deputado cassado foi chamado para prestar depoimento a investigações que tramitam na capital federal.
De acordo com a PF, o ex-executivo Ricardo Saud deve permanecer em Brasília, no Complexo Penitenciário da Papuda, o que gerou protesto de seus advogados.
Prisão preventiva
Ontem, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva de Joesley Batista e do ex-ecutivo da companhia Ricardo Saud, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Eles estavam presos temporariamente desde o domingo (10/9), por um prazo de cinco dias, que se esgotaria nesta quinta-feira. A prisão preventiva não tem prazo final.
Na decisão sobre Joesley e Saud, Fachin justificou que há "receio de que, em liberdade, destruam ou ocultem provas". A prisão, segundo o ministro, se justifica para diminuir a chance de que eles voltem a cometer crimes. "A gravidade concreta do crime pode sim ser considerada como fundamento da medida gravosa, desde que, por exemplo, sob o viés do reflexo da periculosidade do agente na possibilidade de reiteração delituosa e, portanto, com observância da finalidade acautelatória que lhe é própria", disse Fachin.
Com informações da Agência Estado