postado em 15/09/2017 16:10
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está de volta a Brasília. Preso em Curitiba (PR) desde outubro do ano passado, o deputado cassado chegou à Superintendência da Polícia Federal às 18h desta sexta-feira (15/9) para prestar uma série de depoimentos e será encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. É provável, inclusive, que, na próxima semana, ele seja colocado frente a frente com o delator Lúcio Funaro, que o apontou como operador do presidente Michel Temer.
Cunha veio para Brasília no mesmo avião da PF que levou o empresário Joesley Batista para São Paulo. A aeronave deixou a capital na manhã desta sexta, seguiu para a capital paulista ; onde o dono da JBS prestará depoimento ;, foi para Curitiba buscar o ex-deputado e pousou novamente no Distrito Federal por volta das 18h.
Cunha é um dos alvos da denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na última quinta-feira (14/9). Além dele, também foram denunciados pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça o presidente Michel Temer, os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, os ex-ministros Henrique Alves e Geddel Vieira Lima e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures. A peça de Janot foi formulada com base nas delações premiadas de Joesley Batista e Lúcio Funaro.
Por ordem do juiz federal Sérgio Moro, Eduardo Cunha foi preso em 19 de outubro de 2016. Em março deste ano, o peemedebista foi condenado, pelo mesmo magistrado, a 15 anos e quatro meses de prisão por solicitação e recebimento de vantagem indevida no contrato de exploração de petróleo em Benin. Além disso, também foi condenado por três crimes de lavagem de dinheiro e dois crimes de evasão fraudulenta de divisas com base nas investigações da Lava-Jato.
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