Politica

Presidente da CCJ lamenta decisão do PSDB de destituir Bonifácio

Pacheco disse respeitar a decisão do partido, mas que não cabe a ele a decisão de encontrar uma vaga para Bonifácio em outra bancada

Agência Estado
postado em 05/10/2017 16:29
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), lamentou a decisão do PSDB de destituir Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) da suplência do colegiado. "Lamento que de todo o cenário político, de todas as pessoas que têm opinião, somente o deputado Ricardo Tripoli (líder do PSDB na Câmara) não entenda que o deputado Bonifácio é efetivamente muito bom para essa missão", declarou à reportagem


[SAIBAMAIS]Pacheco disse respeitar a decisão do partido, mas que não cabe a ele a decisão de encontrar uma vaga para Bonifácio em outra bancada. Sem que outro partido aliado ceda a vaga, Bonifácio estará automaticamente fora da relatoria. "Imagino que ele (Pacheco) tenha uma saída", disse Tripoli hoje.

"A escolha do deputado federal Bonifácio de Andrada teve critérios próprios e já amplamente divulgados, sem motivação partidária. Portanto, ele permanecerá relator caso se mantenha na CCJ pelo PSDB ou qualquer outro partido", enfatizou o peemedebista em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (5/10).

Tripoli anunciou nesta manhã que ninguém será indicado para a vaga de suplência de Bonifácio na CCJ "para não haver constrangimentos". "Em função da importância do trabalho do deputado, ele Pacheco cederia uma vaga de seu partido, por exemplo", sugeriu o presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).


A decisão foi tomada em reunião nesta manhã entre Tasso, Tripoli e Bonifácio. Numa entrevista coletiva marcada pelo constrangimento, Bonifácio disse que se manteria na relatoria e que não se licenciaria do partido, como foi aventado ontem. Os dirigentes admitiram que a situação não era a ideal no atual cenário de um partido dividido, mas disseram que Bonifácio concordou com a solução. "Nós liberamos ele, mas na vaga de outro partido que tem consenso", disse Tasso.

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