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Politica

Câmara inicia com atraso e sem quórum sessão que define futuro de Temer

Somente 17 deputados registravam presença na Casa, exatamente um terço dos 51 parlamentares necessários para a sessão ser aberta

Com um atraso de 19 minutos, a Câmara dos Deputados iniciou a sessão que votará a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). Na hora marcada para o início dos trabalhos, às 9h, somente 17 deputados registravam presença na Casa, exatamente um terço dos 51 parlamentares necessários para a sessão ser aberta.

[SAIBAMAIS]Após o início da Ordem do Dia, o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), relator do parecer que pediu o arquivamento da denúncia, iniciou, pouco depois de 9h50, seu pronunciamento. Após essa etapa, será a vez de Temer, Padilha e Moreira Franco, pessoalmente ou por meio de advogados, se manifestarem, também por, no máximo, 25 minutos. Depois dessa etapa, cada orador inscrito terá até cinco minutos para se manifestar. A Casa só iniciará a votação se houver 342 deputados registrados no painel do Plenário. Se depender da oposição, este número não será atingido. A estratégia dos partidos opositores é esvaziar a sessão e fazer com que a votação seja adiada. O deputado Silvio Costa (Avante-PE) se disse confiante de que a sessão não terá o quórum mínimo exigido.

Líder do governo na Câmara, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) criticou a postura, destacando que a disputa em relação ao quórum seria "ruim para o país". Ele também classificou a denúncia apresentada pela PGR como "abstrata" e disse que a peça "tenta criminalizar o presidencialismo de coalizão".

Para que o processo contra Temer, Padilha e Moreira Franco seja autorizado pela Câmara, são necessários 342 votos, o que equivale a dois terços da Casa.