postado em 17/11/2017 19:22
O PSOL decidiu pelo imediato afastamento do deputado estadual Paulo Ramos do partido e iniciou, na comissão de ética do partido, seu processo de expulsão, após o parlamentar votar na tarde desta sexta-feira (17/11), acompanhando a maioria, pela libertação do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani; do líder do governo, Edson Albertassi; e de Paulo Melo, ex-presidente da Alerj, todos do PMDB.
[SAIBAMAIS] ;O deputado estadual Paulo Ramos, que já vinha se apresentando como desligado da bancada do PSOL, tomou hoje uma atitude inaceitável: votou contra a decisão do partido e foi um daqueles que revogou a decisão unânime do TRF [Tribunal Regional Federal] que determinava a prisão de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB;, diz a nota do PSOL.
Picciani, Paulo Melo e Albertassi foram presos na quinta-feira (16/11), por determinação unânime do Tribunal Regional Federal da 2; Região (TRF2), após terem sido denunciados na Operação Cadeia Velha, que investiga a corrupção entre parlamentares e empresas de ônibus, com recebimento de propinas.
Para o PSOL, ;o deputado se colocou ao lado da máfia dos transportes, das empreiteiras e de todos aqueles que saquearam o estado do Rio de Janeiro nas últimas décadas;.
Paulo Ramos informou que já tinha comunicado ao partido que não iria mais atuar com a bancada e que teria uma postura independente. ;O PSOL não concordar com a minha posição é um direito, mas não pode dizer que eu fiquei ao lado ;da máfia dos transportes, das empreiteiras e de todos aqueles que saquearam o estado do Rio de Janeiro;. Eles deveriam ter ouvido o meu pronunciamento. O que estou defendendo é a Constituição, é o Estado Democrático de Direito. Deputado só pode ser preso por crime inafiançável;, afirmou.
Para o parlamentar, o PSOL estava esperando um pretexto para afastá-lo. ;Eles admitiram a minha filiação, eles agora que me expulsem, mas que, pelo menos, me ouçam;, acrescentou.