Politica

'Não vou ser candidato a presidente', afirma Luciano Huck

O apresentador de TV afastou a possibilidade de trocar a Globo pela disputa da eleição

Diário de Pernambuco
postado em 27/11/2017 08:56
Luciano pontua que a sua geração está se destacando no campo das artes, do esportes e dos negócios, mas pouco faz pela
Luciano Huck descartou oficialmente as possibilidades de se candidatar à presidência da república nas eleições de 2018. Em texto publicado no jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (2711), o apresentador do Caldeirão disse acreditar que pode fazer mais ocupando outras posições no "front nacional" e que seus familiares são unânimes ao afirmar que "é fundamental o movimento de sair da proteção e do conforto das selfies no Instagram para somar forças na necessária renovação política brasileira".

"Vendo meu nome apontado, é muito importante frisar sempre, sem ter levantado a mão ou me oferecido para concorrer ao cargo mais importante na governança do país, minha reação natural foi tentar entender melhor do que se tratava. Gosto de aprender, de saber o que não sei e penso que cultivo um bom hábito desde muito cedo: tentar descobrir e encontrar quem sabe", escreveu ele.

"Acho também que sou meio obsessivo por fazer as coisas direito. Por isso, saí buscando e principalmente ouvindo dezenas de pessoas que admiro, que considero inteligentes, sensíveis, maduras e capacitadas, para que elas compartilhassem comigo suas visões. Foram meses que produziram em mim uma pequena revolução, um aprendizado enorme", completou o global, que apoiou Aécio Neves (PSDB) nas eleições de 2014 e foi favorável ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) no ano passado.

[SAIBAMAIS]Luciano pontua que a sua geração está se destacando no campo das artes, do esportes e dos negócios, mas pouco faz pela "renovação" política. "Sigo acreditando que o melhor caminho passa obrigatoriamente pelos movimentos cívicos, pela , por uma escuta dos anseios das pessoas, por reformas estruturais, muitas delas doloridas, por políticas públicas afetivas e efetivas, por políticas econômicas modernas e eficazes, pela educação levada a sério, pela saúde tratada com respeito, por tecnologia que alavanque as boas ideias e pela total transparência dos gastos públicos. Por menos politicagem e por mais e melhor representatividade. A lista é grande".
"Com a mesma certeza de que neste momento não vou pleitear espaço nesta eleição para a Presidência da República, quero registrar que vou continuar, modesta e firmemente, tentando contribuir de maneira ativa para melhorar o país. Vou bem além da voz amplificada enormemente pela televisão que amo fazer, do eco monumental das redes sociais que aprendi a tecer, do instituto que fundei há quase 15 anos e de todos os meios que o carinho das pessoas me proporcionou"

E conclui: hora é de trabalhar por soluções coletivas inteligentes e inovadoras para o país, e não de focar o próprio umbigo ou de alimentar polêmicas pueris e gritas sem sentido. Quem se interessa pelo que sou e faço pode acreditar: vou atuar cada vez mais, sempre de acordo com minhas crenças, em especial com a fé enorme que tenho neste país. Contem comigo. Mas não como candidato a presidente".

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