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Com apoio do PMDB, otimismo está cada vez maior pela votação da reforma

Como o PMDB decidiu se posicionar a favor da reforma da Previdência, aliados do presidente Michel Temer avaliam que aumentou ainda mais a possibilidade de se apreciar a PEC este ano na Câmara. Senado, no entanto, somente no ano que vem



O presidente disse ainda que há uma espécie de ;terrorismo inadequado; por parte de alguns agentes da sociedade que informam sobre a reforma. ;Digo isso porque, de vez em quando, espalham: ;Olhe, vão tomar a sua aposentadoria, vão tirar sua aposentadoria;. É um terrorismo inadequado, porque a essência da reforma é combater privilégios;, destacou.

Punições

A expectativa do governo é de que o texto possa ser votado ainda este ano. O líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), admitiu que o gesto do partido poderá estimular outras bancadas a seguir o mesmo caminho. ;Já estamos encaminhando o pedido de fechamento para a executiva nacional;, disse Baleia. Ainda não há previsão de reunião da cúpula do PMDB.

;A maioria absoluta da bancada do PMDB definiu que vai encaminhar a sugestão de fechamento de questão para a Executiva Nacional, como manda o nosso estatuto. Acredito que o presidente Jucá (senador Romero Jucá, presidente nacional do PMDB) convocará a reunião da Executiva para deliberar sobre o assunto;, acrescentou o líder, em entrevista coletiva.

O líder peemedebista disse que eventuais punições serão decididas pelo partido. ;Essa é uma questão partidária (...). Estatutariamente, o partido, e não a bancada, vai definir o que acontecerá com quem não acompanhar. Mas eu acredito que, com o convencimento, nós vamos ter a maioria da bancada a favor dessa proposta;, declarou.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, avalia que cresceu muito a probabilidade de aprovar o texto. Se os partidos do ;Centrão; decidirem, de fato, fechar questão, somados a um possível alinhamento do PSDB, Padilha acredita que haverá segurança para se afirmar que a proposta possa ser aprovada. Sobretudo pela expectativa de posicionamento dos tucanos. ;Seguramente, nós teremos uma posição também favorável do PSDB, e não tenho dúvida nenhuma. É uma questão programática do partido o compromisso com o ajuste fiscal. E o ajuste não existe sem a reforma da Previdência;, ponderou.

Se, em relação à Câmara, o otimismo aumentou, ninguém acredita que uma possível análise da matéria no Senado ocorra este ano. ;Neste momento, é impossível, pelo cronograma que está prestabelecido no Senado. O encerramento das atividades na Casa torna impossível a aprovação em dois turnos este ano;, justificou.

O líder do governo na Câmara, Agnaldo Ribeiro (PP-PBN), sugere que, caso o governo consiga atingir o número de votos necessários, seja estabelecido um esforço concentrado semana que vem, com sessões começando na segunda a fim de que a Previdência seja votada na quarta. ;Se der certo, quebra-se o interstício para se votar o segundo turno em seguida. Não podemos deixar o deputado voltar para a base na promessa de que na semana do dia 20, antes do Natal, estará aqui para votar a Previdência;, disse Agnaldo.