O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra de sigilo fiscal e bancário do senador Aécio Neves (PSDB-MG), nesta quinta-feira (07). O senador é acusado de ter recebido R$ 2 milhões em propina do empresário Joesley Batista. A quebra de sigilo deve ocorrer para transações que ocorreram entre janeiro de 2014 e março de 2017.
Além de Aécio, o ministro também determinou que seja quebrado o sígilo fiscal e bancário da irmã do senador, Andrea Neves, do primo dele, Frederico Pacheco de Medeiros, e de Mendherson Souza, ex assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
De acordo com a decisão do ministro, a intenção é rastrear recursos que podem ter origem ilícita. O Ministério Público acredita que o dinheiro foi repassado ao político em contrapartida por favores prestados para a J. Em nota, o senador Aécio Neves afirmou que "seu sigilo fiscal e bancário sempre esteve à disposição da Justiça". Aécio afirmou ainda que "sua defesa considera absolutamente natural essa decisão para que seja confirmada a absoluta correção de seus atos".