Bruno Santa Rita*
postado em 12/12/2017 20:02

;As falhas encontradas estão ligadas à proteção das mídias, dos cartões de memória;, comentou. Segundo Janino, o que se percebeu com esse teste é que foi possível romper-se algumas barreiras e alterar alguns dados no software da urna. Segundo ele, essas são falhas consideradas ;reparos de fácil ajuste; e que a própria equipe capacitada do TSE irá resolver os problemas. ;O nosso compromisso é corrigir tudo isso;, confirma.
Para Giussepe Janino, esses testes públicos são de extrema importância para mostrar a segurança que as urnas eletrônicas dispoem. Ele explica que, nesse teste, a situação em que os investigadores encontraram os problemas eram excepcionais e mais facilitadas, ou seja, foram desconsiderados fatos presentes no dia da votação como o gabinete fechado da urna e seguranças que impeçam a abertura da urna para, então, começar-se o processo de extração de informações e decodificação do sistema em um computador externo.
Outro fator citado pelo secretário é que as urnas não tem sistemas de comunicação embutidos, o que impossibilita a violação do sistema por distância. ;Sem dúvida, esses testes, não só afirmam como evidenciam a segurança das urnas eletrônicas;, explica. Ele também garante que essas fragilidades não estiveram presentes na eleição passada, uma vez que o software é atualizado de dois em dois anos e essas falhas foram achadas apenas nessa última versão.
Janino criticou a falta da participação de partidos políticos nos testes. Segundo ele, sempre há reclamações quanto à segurança nas urnas eletrônicas após as eleições, porém a presença de equipes dos partidos participando dos testes é baixa. Para enviar um plano de investigação para o TPS basta ser brasileiro e ter mais de 18 anos. O plano é analisado pela equipe de tecnologia de informação do TSE, uma vez que aprovado, o investigador pode prosseguir com o processo do teste.