A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta quarta-feira (13/12), 16 mandados de busca e apreensão e 8 intimações nos gabinetes nos gabinetes da deputada federal Dulce Miranda (PMDB), esposa do governador de Tocantins, e do deputado federal Carlos Gaguim (Podemos), ex-governador do Tocantins. Além dos parlamentares, um empresário, dono de um posto de combustível, também é alvo da PF. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão é do STF porque envolve pessoas com foro privilegiado.
[SAIBAMAIS]A operação desta manhã é um desdobramento da Operação Ápia, que investigou uma organização criminosa que atuou no Tocantins fraudando licitações e contratos de terraplanagem e pavimentação. A suspeita é de que o grupo tenha desviado R$ 200 milhões.
As obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo Estado de Tocantins, por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos no valor total de R$ 1,2 bi. Deste valor, a Agência de Máquinas e Transportes (Agetrans) ficou com R$ 850 milhões para investir em obras nas rodovias, mas os contratos receberam aditivos que se computados, ultrapassariam R$ 1 bilhão.
Na primeira fase da operação, realizada em outubro do ano passado, a Polícia Federal cumpriu 115 mandados judiciais. Um deles, contra o ex-governador do Tocantins Sandoval Cardoso (SD). Ele teve a prisão preventiva decretada e ficou 15 dias detido na Casa de Prisão Provisória de Palmas.