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'Não vamos aceitar julgamento sem provas', diz Gleisi sobre Lula no TRF-4

Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman disse que partido está disposto a ir "pra frente do tribunal" no dia em Lula for julgado em segunda instância

Renato Souza
postado em 13/12/2017 13:07
Gleisi Hoffman, de camisa vermelha, aponta o dedo para frente
A senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman (RS), afirmou nesta quarta-feira (13/12) que o partido não vai aceitar "um julgamento sem provas", referindo-se ao processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4; Região (TRF-4). "Se for preciso, vamos pra frente do tribunal", completou a petista.


Na terça-feira, a assessoria de imprensa do TRF-4 confirmou que a 8; Turma da Corte marcou para 24 de janeiro o julgamento do recurso feito pela defesa de Lula contra condenação dada ao petista pelo juiz Sérgio Moro.

[SAIBAMAIS]Em julho de 2017, Moro em troca de favorecimentos à construtora OAS. Os advogados de Lula argumentam que ele não é nem nunca foi dono do apartamento e que os procuradores da Lava-Jato não conseguiram provar a posse.

O julgamento do dia 24 é considerado crucial não só para Lula como também para todo o processo eleitoral de 2018. Caso o TRF-4 concorde com o julgamento de Moro, Lula será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e pode até mesmo ser preso, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) admitiu, em outubro de 2016, a prisão de condenados em segunda instância.
Ao discursar, Lula também mencionou o julgamento do dia 24. O ex-presidente e pré-candidato do PT às eleições de 2018 disse que quer concorrer para evitar a prisão e afirmou estar certo de que será inocentado na Justiça. "Eu não vou ser candidato para não ser preso. Serei um candidato inocentado", afirmou.
Caravana de Lula

A declaração de Gleisi foi feita ao lado de Lula. Os dois participam de um encontro com catadores de material reciclado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Em mais uma etapa de sua caravana pelo país, Lula passa o dia na capital.

Durante à tarde, o político deve se encontrar com a bancada do PT na Câmara e no Senado. Na parte da noite, está prevista a participação dele em um evento sindical. O centro de convenções reunia centenas de pessoas pela manhã, embora o auditório apresentasse muitos lugares vazios.

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