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Politica

Tucanos estão de volta ao centro da negociação da reforma da Previdência

A inclusão de regras de transição para os servidores públicos que entraram no funcionalismo antes de 2003 é uma das moedas de troca dos representantes do partido. Planalto, porém, resiste a mudanças no texto e acredita que falta empenho de Alckmin


Apesar de ser o encarregado pelo texto, o relator da proposta, deputado Arthur Maia, disse ao Correio que o combinado é que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, trate do assunto. ;A minha opinião é que deve ser feita a concessão necessária para aprovar;, afirmou o relator. Se melhorar a situação dos servidores públicos garantirá votos, é uma conta que ;ninguém consegue fazer, ainda;, acrescentou.

O presidente Michel Temer disse que o adiamento da votação para fevereiro é até oportuno para engrossar o apoio. ;Nossos parlamentares irão para suas bases em janeiro e verificarão que não há oposição feroz. E, portanto, voltarão muito mais animados, penso eu, para votar a reforma em fevereiro;, destacou ontem. A confiança de Temer é tanta que, enfaticamente, garantiu a aprovação da reforma. ;Digo alto e em bom tom: vamos aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional;, declarou.

Responsável pela articulação política com o Congresso, Marun admitiu, no entanto, que preocupa o governo ter na base governista deputados contrários e indecisos à reforma. Para juntar os cacos e reconstruir a base, o ministro continuará fazendo um trabalho de ;propaganda pró-reforma;. ;Vamos continuar dialogando não só com os parlamentares, mas outros setores da atividade;, disse, durante o discurso de posse, na tarde de ontem.