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Em Davos, Temer diz a investidores que governo terá candidato na eleições

Ao fim do fala, Temer deixou claro a posição de que o governo terá um candidato nas eleições de 2018, em uma tentativa de reduzir inseguranças quanto às expectativas futuras

Rodolfo Costa
postado em 24/01/2018 08:48
Aos investidores, Temer deixou recado de que o ajuste fiscal promovido no Brasil traz desenvolvimento e empregos pautados em uma agenda de responsabilidade econômica
O presidente Michel Temer conclamou os investidores internacionais a aportarem no Brasil. Em Davos, na 48; reunião do Fórum Econômico Mundial, o peemedebista enfatizou em discurso as mudanças que têm promovido no país e como elas reforçam as oportunidades para investimento. E foi além: ao fim do fala, deixou claro nas entrelinhas a posição de que o governo terá um candidato nas eleições de 2018, em uma clara tentativa de reduzir inseguranças quanto às expectativas futuras.

Aos investidores, Temer deixou recado de que o ajuste fiscal promovido no Brasil traz desenvolvimento e empregos pautados em uma agenda de responsabilidade econômica. Deixando, assim, intrínseco o posicionamento do governo de lançar um forte candidato às eleições, ressaltando que o governo ;completará a jornada; e que há uma convergência de ideias que apontam não haver alternativas à agenda de reformas promovida pela atual gestão.

;Sei que muitos estão se perguntando se continuaremos nesse caminho. Se nossa jornada não estaria ameaçada pelas eleições que se avizinham no Brasil. Permitam-me dizer, sem nenhum rodeio, e com convicção absoluta, nós completaremos nossa jornada;, afirmou Temer. ;O Brasil que vai às urnas em outubro sabe que responsabilidade traz resultados. Traz equilíbrio, desenvolvimento e empregos. Viabiliza políticas sociais. Os principais atores políticos e econômicos convergem que não há alternativas à agenda de reformas que promovemos. O espaço para uma volta atrás é virtualmente inexistente;, acrescentou.

O chefe do Executivo federal emendou o discurso ressaltando que o governo batalha para promover a reforma da Previdência. Um claro destaque à retórica reformista, que, para os investidores, é uma injeção na confiança para a decisão de aportes. O equilíbrio das contas públicas por meio da aprovação do texto é fundamental para, no curto prazo, dar uma sinalização aos mercados. E, a médio e longo prazo, garantir o ajuste fiscal e evitar um aumento da inflação e dos juros.

;Nosso próximo passo, aliás, depois das reformas, é consertar a Previdência Social. Tarefa que, para a qual, estamos muito empenhados. E, cada vez mais, o povo brasileiro percebe que o modelo atual é injusto e insustentável. Portanto, vamos batalhar dia e noite pelo voto no Congresso Nacional para aprovar a proposta que ali está;, afirmou Temer.

Novo Brasil

A agenda reformista e a gestão implementada pelo governo mostram, na avaliação de Temer, um ;novo Brasil;. ;O Brasil da responsabilidade, não do populismo;, disse o peemedebista, em referência às medidas austeras para a garantia do equilíbrio fiscal. ;Do diálogo, não da intransigência;, emendou, destacando a sinergia e o diálogo que mantém com o Congresso Nacional. ;Da eficiência, não da burocracia;, acrescentou, ao ressaltar a implementação da reforma trabalhista e medidas para a melhoria da produtividade na economia. ;E da abertura, não do isolacionismo;, disse, em crítica à medidas protecionistas e contra o livre mercado.

O ;novo Brasil;, destacou Temer, saiu mais forte da crise e retornou aos trilhos do desenvolvimento. ;Agora, que as grandes economias voltam a crescer simultaneamente, estamos dando e daremos cada vez mais nossa contribuição. Por isso, retorno às palavras iniciais: o Brasil está de volta e convidamos, por isso mesmo, todos a fazerem parte deste momento de nossa história. Invistam no Brasil. Não se arrependerão;, sustentou.

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