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MPF pede leilão urgente de bens bloqueados de Cabral e Adriana Ancelmo

Entre os oito bens retidos por ordem judicial, estão uma casa no Condomínio Portobello, uma lancha, três automóveis e um jet ski, avaliados em mais de R$ 12,5 milhões

postado em 24/01/2018 15:08

Sérgio Cabral foi preso em 2016 na Operação Lava Jato por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de dívidas.
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio protocolou petição no Tribunal Regional Federal da 2; Região (TRF2) para que sejam pautados os recursos do ex-governador do estado Sérgio Cabral e de sua mulher, Adriana Ancelmo, no processo para a alienação antecipada dos bens bloqueados do casal.
[SAIBAMAIS]Entre os oito bens retidos por ordem judicial, estão uma casa no Condomínio Portobello, em Mangaratiba, na Costa Verde, uma lancha, três automóveis e um jet ski, avaliados em mais de R$ 12,5 milhões em um despacho de junho do ano passado.

Na avaliação do MPF na 2; Região, a recente veiculação de uma notícia sobre a deterioração do imóvel do casal em Mangaratiba torna necessária uma resolução rápida do caso, com o julgamento dos recursos em curto prazo.

O Núcleo Criminal de Combate à Corrupção do MPF na 2; Região enviou o pedido para o desembargador federal Abel Gomes, relator dos processos da força-tarefa da Lava Jato no Rio, que suspendeu o leilão determinado pela 7; Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro até os recursos da defesa serem julgados. Os advogados questionam o descumprimento de requisitos legais pelo leiloeiro designado.

No documento, o MPF rebateu as alegações da defesa como a de que não haveria relação entre os bens retidos e os crimes pelos quais o ex-governador foi denunciado e até condenado. Para o MPF, não há dúvida de que os bens são produto do crime.

;Foram demonstrados contundentes indícios de que os bens são instrumentos, produtos e proveitos de crimes contra a administração pública, motivo pelo qual foi tomada medida cautelar de sequestro dos bens;, afirmam os procuradores regionais Mônica de Ré, Silvana Batini, Carlos Aguiar, Andréa Bayão e Neide Cardoso de Oliveira, do MPF na 2; Região.

Ao ordenar o leilão dos bens, o juiz Marcelo Bretas, da 7;. Vara Federal Criminal do Rio, em decisão de junho de 2017, argumentou: ;Ainda que se defenda que o valor de mercado não se reduz com tanta facilidade, a medida também é autorizada pela Lei de Lavagem de Dinheiro, tendo em vista que a dificuldade para manutenção é inegável, uma vez que o casal proprietário está custodiado pelo estado, sem poder dispensar os devidos cuidados à casa. Portanto, a alienação antecipada proposta é adequada e proporcional ao caso em concreto.;

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