Paulo de Tarso Lyra
postado em 08/02/2018 11:29
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou na manhã desta quinta-feira (8/2), após café da manhã com jornalistas, que se a reforma da Previdência tivesse sido mais enxuta e melhor vendida pelo governo, já teria sido aprovada no Congresso Nacional. "Todos sabem que ela é necessária, mas a comunicação do governo foi muito ruim. Tanto que no meu estado, existem trabalhadores rurais que afirmaram temer a perda da aposentadoria que eles já tinham".
Eunício acha possível, caso a reforma não seja aprovada neste momento, que a matéria volte à pauta no segundo semestre após as eleições. "Nenhum candidato a presidente terá condições de disputar as eleições sem abordar esse assunto, seja defendendo a aprovação, seja sendo contra. Caberá à população, democraticamente, escolher o candidato com o qual se afinar o discurso".
O presidente da Casa lembrou ainda que o sistema é bicameral e que não há condições para uma análise rápida no Senado Federal sobre essa matéria. "A Câmara está há um ano e meio discutindo isso. Se votarem a reforma da Previdência e ela vier para o Senado, seguiremos ritos normais de tramitação", acrescentou.
Eunício declarou que além da Previdência, outro assunto que, inevitavelmente, estará presente nos debates eleitorais é a segurança pública. A Casa aprovou na ultima quarta-feira (7/2) a instalação de bloqueadores de celulares nos presídios. O peemedibista defendeu a criação de um sistema unificado de segurança pública, a exemplo do que acontece com o SUS.
Sobre a grande especulação do momento que é a possível candidatura presidencial do apresentador Luciano Huvck, Eunício disse que "qualquer pessoa que tenha algum nível de inserção social tem o direito de querer ser candidato". "Não vou negar essa inserção do Luciano, ele tem condições de ser candidato. Agora, se será ou não, isso é uma decisão pessoal dele", concluiu o presidente do Senado.