Renato Souza
postado em 08/02/2018 17:17
A ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), votou nesta quinta-feira (8/2) para que Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, volte para a cadeia. Ela foi solta pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o caso voltou para análise do STJ. Após o voto de Maria, um dos magistrados pediu vista, ou seja mais tempo para analisar o caso. Ela tem direito a ficar em liberdade até a decisão final da corte.
[SAIBAMAIS]A sessão desta quinta se reuniu para analisar o mérito da prisão preventiva de Adriana, que foi determinada em 2016 pelo juiz Marcelo Bretas. O magistrado é o responsável pelos casos da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. A defesa da acusada alegou que ela tem dois filhos de 11 e 14 anos, que "não podem emocionalmente desamparados". O pedido para mantê-la em liberdade foi fundamentado no fato de que Cabral está preso e "é necessário um dos país para cuidar dos filhos".
Ao votar, a desembargadora Maria Thereza destacou que antes de ser presa, "Adriana Ancelmo chegou a viajar para o exterior 47 vezes, sem a presença dos filhos". A relatora também destacou que uma babá recebe o salário de R$ 20 mil para cuidar dos meninos.
Adriana Ancelmo estava presa na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Seu marido, o ex-governador Sérgio Cabral também está preso no mesmo local. A ex-primeira dama foi condenada a mais de 18 anos de prisão por associação criminosa e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Calicute, da Polícia Federal, um desdobramento da Operação Lava Jato.