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Temer assina decreto de intervenção no Rio: 'Vamos restabelecer a ordem'

Em solenidade em Brasília, Temer declarou guerra ao crime organizado e confirmou o nome do general Walter Souza Braga Neto como interventor da segurança no Rio de Janeiro


"Nós, que já resgatamos o progresso e retiramos o pais da pior recessão da sua história, agora vamos restabelecer a ordem". Esta foi a afirmação do presidente Michel Temer durante o anúncio do Decreto de Intervenção na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. A solenidade foi realizada no começo da tarde desta sexta-feira, no Salão Leste do Palácio do Planalto. A decisão de intervir no Estado foi tomada na noite dessa quianta-feira (15/2), em reunião no Palácio do Alvorada.

Declarando guerra ao crime organizado, Temer afirmou que a crise na segurança é uma "metástase" que não se limita apenas ao estado, e está se espalhando pelo país e ameaçando a tranquilidade do povo brasileiro. "Os senhores sabem que eu tomo esta medida extrema porque as circunstâncias assim exigem. Afirmou que a medida tomada para retomar o controle do Rio de Janeiro é uma "resposta dura" no enfrentamento contra o crime organizado e as quadrilhas que seguem dominando o país. "Não podemos aceitar passivamente a morte de inocentes. É intolerável que estejamos enterrando pais e mães de família, trabalhadores, policiais, jovens e crianças; vendo bairros sitiados, escolas sob a mira de fuzis e avenidas transformadas em trincheiras", afirmou o presidente.

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[SAIBAMAIS]Sem detalhar exatamente como será a intervenção no Estado, Temer falou que não será mais tolerado que "matem nosso presente e continuem a assassinando nosso futuro". Ele reafirmou que a construção do decreto ocorreu com diálogo com o governado do Rio, Luiz Fernando Pezão e confirmou o nome do general Walter Souza Braga Neto como interventor. Ele deve assumir as funções de chefia na segurança pública do Rio de Janeiro. "Ele terá poderes para restaurar a tranquilidade do povo", afirmou Temer.

"Desordem é a pior das guerras"

O presidente também comentou que policiais e as Forças Armadas estarão nas ruas, nas avenidas e comunidade, trabalhando unidas. "Combaterão e vencerão aqueles que sequestram do povo nossas cidades. Nossos presídios não serão escritórios de bandidos, nem nossas praças serão salão de festa do crime organizado", afirmou. O líder do Planalto ressaltou que "a desordem é a pior das guerras", mas que o decreto, " extremamente importante para o futuro do país", marca mais uma batalha em que o único final possível é o sucesso.

A expectativa, segundo Temer, é de que quando a reforma da Previdência estiver para ser votada, com o aval das duas Casas, que a intervenção seja cessada. "Segundo os critérios das casas legislativas, farei cessar a intervenção", explicou Temer.