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Politica

Torquato Jardim atribui rebelião no Rio a ação de facções criminosas

As declarações foram dadas na noite deste domingo (19/2) durante o embarque de uma força-tarefa do governo federal ao Ceará


O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou, em coletiva de imprensa, que depois de a Secretaria de Administração Penitenciária (SeaP) decretar alerta máximo nas 54 unidades prisionais do estado do Rio de Janeiro, houve uma tentativa de fuga na penitenciária de Japeri. Ele atribuiu a ação como natural das facções criminosas, que estão testando a capacidade de operação das forças federais. As declarações foram dadas na noite deste domingo (19/2) durante o embarque de uma força-tarefa do governo federal ao Ceará, que também sobre com crise na segurança pública.

;É natural que tenha um desafio num primeiro momento. É natural que o crime organizado teste a capacidade de operação das forças federais. Japeri, para quem não sabe, é um presídio de segurança máxima do Rio de Janeiro, para criminosos mais perigosos do estado, está sob controle ou influência interna do comando vermelho, cercado de uma imensa favela e está sob o controle da ADA (Amigos dos Amigos). Então está um conflito muito grande;, disse Torquato.

Os detentos que tentaram fugir já estão presos e os dois reféns, que são agentes penitenciários, já foram libertados.
No segundo dia da intervenção no Rio, o novo comandante da segurança pública, general Walter Souza Braga Netto, precisou aumentar o nível de preocupação. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do estado decretou alerta máximo nas 54 unidades prisionais, que abrigam 51 mil detentos. A pasta destacou que há grandes riscos de fugas e aumentou a fiscalização nos presídios.

Em função da crise de segurança no Rio de Janeiro, na última sexta-feira, o governo federal decretou uma intervenção no estado fluminense, com duração até o fim deste ano. É a primeira do tipo desde a promulgação da Constituição Federal, há 30 anos. O general Braga Netto ficará no comando das polícias Civil e Militar, no lugar do governador do Estado, Luiz Fernando Pezão.