Bernardo Bittar
postado em 21/02/2018 16:29
Dois dias após o Planalto divulgar a pauta econômica do Congresso como se fosse sua e causar mal-estar entre os parlamentares, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, foi à Câmara participar de uma reunião de líderes do governo. Marun disse nesta quarta-feira (21/2) que ;o governo errou em não ter consultado o Parlamento, até porque o Executivo sabe que a pauta é responsabilidade dos presidentes das Casas;, mas garantiu que ;o assunto foi completamente encerrado;.
;Talvez o governo devesse ter trazido aqui (no Congresso) a proposta. Teriam havido discussões, contatos. Mas isso é coisa superada. Não há desgaste. Ontem (terça-feira) aprovamos a intervenção no Senado com sobra de votos;. O ministro elogiou os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmando que eles conduziram a votação com ;competência, espírito público e de brasilidade;.
Questionado sobre a intervenção ser uma agenda eleitoreira, Marun afirmou que ;é, na verdade, uma pauta da nação. As eleições estão muito distantes, não estamos pensando nisso. O presidente Michel Temer é elegível. Mas a posição dele é clara: não vai disputar o pleito de 2018;, completou o ministro.
Nos bastidores da República comenta-se que Michel Temer tenha sugerido a criação de um imposto específico para financiar a intervenção no Rio de Janeiro. A informação não foi confirmada pelo ministro da Secretaria de Governo, que explicou ;não ser viável; neste momento. A resposta seria a mesma que Maia deu a Temer quando foi consultado sobre o assunto.