Rodolfo Costa
postado em 23/02/2018 12:34
A hipótese de uma intervenção geral no Rio de Janeiro foi cogitada pelo governo federal. A ingerência atual responde apenas pela segurança pública. Uma mais ampla implicaria o controle de todo o governo fluminense e o afastamento do governador Luiz Fernando Pezão. A ideia, no entanto, foi descartada por ser considerada ;muito radical;. É o que afirmou, nesta sexta-feira (23/2), o presidente Michel Temer em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Em ;conversas generalizadas;, o afastamento de Pezão foi um tema levado a Temer, disse o emedebista. ;Cogitou-se, em primeiro momento, mas desisti. Seria algo muito radical, e logo refutei. Ficamos com a conclusão que deveríamos intervir na área da segurança pública e no sistema penitenciário. E até foi algo acordado. Mandei dois emissários para conversar com o Pezão;, declarou.
[SAIBAMAIS]A intervenção no Rio de Janeiro é civil e federal, e consiste no comando da União sob a segurança pública no Rio de Janeiro. O decreto assinado por Temer e aprovado pelo Congresso Nacional estabelece que o interventor, general Braga Netto, tenha autonomia para comandar as polícias militar e civil, o Corpo de Bombeiros Militar, a secretaria de segurança pública do Rio, além do sistema penitenciário do estado.
O objetivo com a intervenção, acordada com Pezão, era que o governo federal pudesse ter amplos poderes para integrar as forças de segurança. Temer ressaltou que as Forças Armadas, que atuarão em parceria com as autoridades de segurança do Rio, estão no Rio há um ano, mas, antes do decreto, não tinham a administração. ;Se não tem o poder de intervir na segurança e ajeitar e regulamentar o que precisa, não tem como levar adiante uma boa política de segurança pública. Por isso é uma intervenção cooperativa, acordada com o próprio governador (Pezão);, destacou.