Alessandra Azevedo
postado em 01/03/2018 19:36
O deputado federal Augusto Carvalho (SD-DF) enviou, nesta quinta-feira (1;/3), um pedido de informação ao ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, solicitando detalhes sobre quantidade, locação e gastos com adidos em missão diplomática no exterior. O requerimento foi motivado pela nomeação do ex-diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, como adido na Embaixada do Brasil em Roma, na Itália, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira.
Além de informações pessoais, como nome, CPF e formação acadêmica de cada servidor que ocupa esse tipo de cargo, Carvalho quer saber onde eles estão lotados, a que órgão são vinculados e quanto recebem por mês. O deputado pede que o Itamaraty detalhe não apenas os salários pagos, mas também os gastos com diárias, passagens e despesas de custeio em cada mês de 2017.
Para o parlamentar, a mudança de cargo de Segovia, que passará três anos em Roma, não passa de "uma queda para cima", um "absurdo" em meio a discussões sobre moralidade e privilégios no serviço público. "Essa decisão é controversa, ainda mais em um momento em que o país discute os altos gastos com auxílio-moradia e outras questões desse tipo. O Brasil está em uma situação muito difícil para as contas públicas", criticou. O caso isolado de Segóvia, na opinião de Carvalho, é apenas a "ponta do iceberg".
No documento enviado ao Itamaraty, o deputado diz fazer a solicitação "em prol da transparência e publicidade". "Em um momento de extrema escassez de recursos públicos e falta de pessoal, cabe aos órgãos públicos o cuidado na gestão, o zelo por cada valor pago e a preocupação de ser eficiente no planejamento de pessoal", justifica. O objetivo é "compreender a política de relacionamento com as demais nações, e ainda ter acesso ao número preciso de servidores que prestam valioso serviço e os respectivos gastos", conclui.