Renato Souza
postado em 07/03/2018 20:07
O juiz Sérgio Moro, da 13; Vara Federal de Curitiba, determinou que a prisão do publicitário André Gustavo, seja substituída por medidas cautelares. Ele foi condenado a seis anos e meio de prisão. Mas na sentença, o magistrado destacou que a pena pode ser cumprida em liberdade. Ele é acusado de ser o operador do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, no esquema de pagamento de propina para beneficiar a Odebrecht em contratos com a estatal de petróleo.
De acordo com o advogado José Diniz, que faz a defesa de André Gustavo, o cliente dele deve deixar a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, nesta quinta-feira (08). "A prisão preventiva foi revogada e meu cliente poderá deixar a reclusão. Apesar dessa decisão positiva, vamos apelar para alcançarmos uma pena mais justa. As tratativas de colaboração com a Procuradoria-Geral da República (PGR) continua,; afirmou Diniz ao Correio.
André Gustavo confirmou o envolvimento de Bendine no esquema de corrupção. Ele se comprometeu a colaborar com as investigações e em depoimento confirmou ter recebido R$ 3 milhões em propina destinadas ao ex-presidente do Banco do Brasil. Ele informou que repassou R$ 950 mil. Já o valor de R$ 1 milhão teria sido pago ao Joesley Batista, que segundo André, não foi informado que se tratava de dinheiro ilegal. A defesa de Bendine negou o recebimento do dinheiro.
Apesar de deixar a reclusão, André Gustavo terá que cumprir algumas regras determinadas pela Justiça. Além de ficar impedido de viajar ao exterior, ele não poderá manter contato com outros investigados. Também deve comparecer ao juízo sempre que for convocado.