Human Rights pede investigação 'rápida' da morte de vereadora e motorista

A ONG pediu que seja convocado imediatamente o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público (GAESP) para participar da investigação. Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados a tiros

Jacqueline Saraiva

postado em 15/03/2018 10:13

A Human Rights Watch lamentou a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes em nota divulgada nas redes sociais. No texto, que usou as hastags #JustiçaParaMarielle e #JustiçaParaAnderson, a organização não-governamental (ONG) internacional pede uma investigação "rápida, rigorosa e imparcial do assassinato". Os dois foram brutalmente mortos a tiros na noite dessa quarta-feira (14/3), no Centro do Rio de Janeiro, quando voltavam de um evento.

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[SAIBAMAIS]A atuação pública de Marielle Franco na defesa dos direitos humanos foi destacada pela Human Rights, que ressaltou as denúncias de abusos associados à atuação da polícia nas comunidades do Rio de Janeiro feitos por ela. "A competência pela investigação recai sobre a polícia civil do Rio de Janeiro e, eventualmente, sobre a polícia federal, se for convocada para esse fim. O interventor militar deve garantir que os investigadores contem com todos os recursos necessários, a independência e a liberdade para identificar os assassinos", afirma o texto.

A ONG pediu ainda, ao Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro, que seja convocado imediatamente o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público (GAESP) para participar da investigação. "É preciso dar um fim, de uma vez por todas, ao clima de impunidade existente no estado do Rio de Janeiro, que alimenta o ciclo de violência. Marielle e Anderson são as últimas vítimas, dentre muitas, de um sistema de segurança falido", ressaltou o texto.

Executados a tiros no Centro do Rio

A vereadora carioca Marielle Franco, 38 anos, e o motorista Anderson Pedro M. Gomes, 39, foram assassinados a tiros no bairro Estácio, no Centro do Rio de Janeiro. As informações preliminares da investigação apontam que ao menos 9 tiros foram disparados, sendo que cerca de 4 atingiram Marielle na cabeça. Os dois morreram na hora.

No momento do crime, Marielle e Anderson, além de uma assessora da vereadora, voltavam de um evento chamado "Jovens Negras Movendo Estruturas", na Lapa. A polícia afirma que um carro emparelhou com o veículo de Marielle e foram efetuados os tiros. Os suspeitos, ainda não se sabe quantos e nem suas identidades, fugiram sem levar nada. A assessora ficou ferida pelos estilhaços. Ela foi socorrida e passa bem, mas está muito abalada. Depois da execução, a vítima passou a madrugada prestando depoimento na delegacia.

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