Politica

Morte de Marielle causa revolta entre os famosos e fica em 1° no Twitter

A legisladora, uma socióloga de 38 anos, nascida no Complexo da Maré, uma das áreas mais violentas do Rio, era a relatora da comissão do Conselho criado para fiscalizar as operações policiais após o início da intervenção militar

Correio Braziliense , Agência Estado
postado em 15/03/2018 14:20
Marielle Franco, vereadora pelo PSol, morta assassinada no Rio de JaneiroQuinze horas após a morte de Marielle Franco, vereadora do PSOL, assassinada na quarta-feira (14/3), no Rio, "Marielle" é o assunto mais comentado do Twitter Mundial. Por volta das 12h30 desta quinta-feira (15/3) a rede social registrava 289 mil tuítes sobre a parlamentar. Entre as principais hashtags utilizadas em referência ao crime, estão #MariellePresente, #NãoFoiAssalto e #MarielleVive. Além disso, alguns famosos também prestaram homenagem e mostraram indignação com a morte brutal da vereadora.

Diversos veículos de comunicação internacionais repercutiram o assassinato da vereadora. Jornais, como o The Guardian (Inglaterra) e o New York Times (Estados Unidos) reproduziram em seus sites informações sobre o crime.

[SAIBAMAIS]A agência espanhola EFE ainda lembrou da intervenção do Exército na segurança pública do Rio de Janeiro e destacou que o ataque aconteceu um dia depois da vereadora voltar a criticar a intervenção em mensagem nas redes sociais. A Anistia Internacional exigiu "uma investigação imediata e rigorosa" do crime, em um comunicado veiculado no Facebook da entidade defensora dos direitos humanos.

Mensagens de luto e apoio à família de Marielle também foram um dos principais assuntos entre os famosos nas redes sociais. Indignados com a violência contra a vereadora, algumas personalidades YouTube não exibiram seus vídeos, como o canal da Jout Jout Prazer.

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A cantora Elza Soares demosntrou em sua conta no Twitter o choque da morte da vereadora. ;Das poucas vezes que me falta a voz;, disse.

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Assassinato

O ataque a tiros à Marielle ocorreu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio. Ela voltava de um evento na Lapa, na mesma região, quando foi atingida. O motorista Anderson Pedro Gomes, de 39 anos, que dirigia o carro também morreu baleado. Ele estava desempregado e trabalhava fazendo bico.

A legisladora, uma socióloga de 38 anos, nascida no Complexo da Maré, uma das áreas mais violentas da cidade, era a relatora da comissão do Conselho criado para fiscalizar as operações policiais após o início da intervenção militar. Ela ficou conhecida como militante do movimento negro e de direitos humanos, com denúncias recentes de violência policial contra moradores de favelas no Rio.

Marielle foi eleita vereadora do Rio pelo PSOL com 46,5 mil votos - a 5; maior votação. Apoiava projetos para punir o assédio em espaços públicos, em defesa de casas de parto e do aborto legal. Nas redes sociais, se posicionava contra o racismo e a violência policial. Em sua última publicação, divulgou vídeo do encontro de mulheres negras na Lapa, na região central, pouco antes de ser morta. No sábado, protestou contra ação policial no Acari, na zona norte.

*Com informações da Agência Estado

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