Anna Russi*
postado em 27/03/2018 16:10
O ministro da saúde, Ricardo Barros, confirmou a entrega da sua carta de agradecimento ao presidente Michel Temer nesta terça-feira (27/3), com intenção de reassumir o mandato de candidatura a deputado federal. "Vou entregar para ele e, quando ele quiser, pode publicar a minha exoneração", afirmou o ministro. A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa.
Barros afirmou que ainda não sabe quem irá substituí-lo. Ele ainda disse que não indicou nenhum nome, mas espera que haja um entendimento de que seja alguém do PP. "Está sendo tratado diretamente entre o presidente do partido e o presidente. Mas, como ainda não há nenhum entendimento, não posso confirmar", completou. Até 7 de abril, o ministro precisa estar exonerado para lançar sua candidatura à reeleição na Câmara dos Deputados.
Antes de deixar o cargo, Barros apresentou, na coletiva de imprensa, ações que têm objetivo de melhorar o sistema de saúde pública. A prioridade será a informatização do sistema e permitir a aplicação correta de recursos. Os dados apresentados hoje mostraram que, embora entre dezembro de 2016 e março deste ano o aumento de UBS com prontuário eletrônico foi de 66,5%, mais de 23 mil UBS ainda não implantaram a medida.
Modernização
O Ministério da Saúde iniciou credenciamento de empresas para levar serviços de informática a unidades de saúde. Em abril, os gestores poderão escolher soluções que mais se adaptem às necessidades locais. Segundo um estudo do Banco Mundial sobre a análise de eficiência do gasto público com saúde, o investimento inicial necessário será de R$ 1,5 bilhão por ano, e em 2019, chegará a R$ 3,4 bilhões. A estimativa é de que a implantação do projeto gere uma economia de R$ 22 bilhões por ano.
Ao todo, serão 311.117 computadores, 293.070 tablets, 138.545 impressoras e 42.495 multifuncionais distribuídos para todas as 42.800 unidades básicas de saúde.
Saúde indígena
Farmácia popular
O preço de medicamentos na farmácia popular irá considerar os valores de mercado, impostos e margem de lucro. Serão adicionados 7% de margem de distribuição, 38,2% de margem das farmácias e ICMS, e impostos praticados pelas unidades da federação. Segundo Barros, a medida garantirá mais acesso e não afetará o usuário. "A tabela de preços não é atualizada desde 2012. O programa será mantido e com margens padronizadas sobre o preço de 40% para o fabricante, o acesso será maior", destacou.
*Estagiária sob supervisão de Ana Letícia Leão.
*Estagiária sob supervisão de Ana Letícia Leão.