Politica

Ministro da Saúde e presidente do BNDES entregam carta de demissão a Temer

Nesta quarta-feira (28/3), a previsão é de que o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), também comunique o abandono da pasta ao chefe do Executivo federal.

Anna Russi*, Rodolfo Costa
postado em 27/03/2018 21:04
Ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros
A reforma ministerial começou. Como anunciado no início da tarde desta terça-feira (27/3), o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), entregou carta de demissão ao presidente Michel Temer. Quem também anunciou o desembarque do governo foi o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro.
As saídas atendem ao prazo de desincompatibilização previsto na legislação eleitoral. Auxiliares de Temer e quem mais desejar concorrer a algum posto no poder Legislativo precisa abandonar o posto até 7 de abril. Nesta quarta-feira (28/3), a previsão é de que o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), também comunique o abandono da pasta ao chefe do Executivo federal.
Rabello de Castro, que entregou a presidência do BNDES
O democrata anunciará às 11h, em cerimônia no Palácio do Planalto, a liberação de recursos para o Programa Mais Alfabetização, o que deve ser a última realização dele como auxiliar de Temer. Serão homenageados professores alfabetizadores e diretores de escolas com 90% ou mais dos alunos com resultados suficientes na Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) em leitura e matemática.
A saída de Barros ocorreu de forma semelhante. O auxiliar participou hoje de cerimônia no Planalto de entrega de medalhas da Ordem do Mérito Médico. Na ocasião, fez um balanço dos feitos a frente do Ministério da Saúde, como ter assegurado uma economia de R$ 5 bilhões aos cofres públicos em 600 dias de gestão. Na carta encaminhada a Temer, ele ressaltou que pede a exoneração ;em razão da necessidade de desincompatibilização prevista para concorrer a cargo eletivo;.
Já Rabello abandona o comando do BNDES para ser pré-candidato à Presidência da República. ;Para poder fazer avançar agenda de superação e chegarmos, em poucos anos, para além da ponte, (...) o calendário eleitoral exige me desligar de sua valorosa equipe em 31 de março próximo. Penso em me engajar politicamente, sempre contando com seu consentimento e apoio;, disse, em carta.
*Colaborou Anna Russi.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação