Agência Estado
postado em 06/04/2018 10:45
A decretação da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alimenta a "divisão do País e o mergulha na insegurança", na avaliação das centrais sindicais Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB. Em nota, as centrais declaram que a ordem de prisão "é uma medida radical que coloca a sociedade em alerta".
[SAIBAMAIS]A nota é assinada pelos presidentes das entidades Paulo Pereira da Silva - o Paulinho da Força -, Ricardo Patah, Adilson Araújo, José Calixto Ramos e Antônio Neto. Eles consideram que a liberdade de Lula seria uma forma de garantir que as eleições presidenciais sejam democráticas.
"Vivemos no Brasil, nos últimos anos, um clima de perseguição política, que tem como pretexto o combate à corrupção, mas cujo objetivo maior é extirpar do jogo político qualquer programa que valorize a área social, o trabalho e a renda do trabalhador, e uma pauta progressista desenvolvimentista", diz o texto. "Estamos certos de que o objetivo real deste processo é tirar o ex-presidente Lula da disputa eleitoral de 2018".
As centrais fazem críticas ao andamento do processo contra Lula na Justiça, alegando que a tramitação foi "a mais célere da história" e que a condenação pelo "Tribunal Regional Federal da 4; Região" ocorreu sem a apresentação das provas do suposto crime.
"Ressaltamos a trajetória de resistência e luta democrática do ex-presidente Lula, da sua fundamental contribuição à luta contra a miséria, o desemprego, a discriminação que marcou toda sua vida pessoal e política, como sindicalista, deputado, dirigente partidário e como chefe de Estado, quando foi responsável por uma incontestável melhoria das condições de vida e trabalho para milhões e milhões de famílias brasileiras", afirmam as centrais sindicais.
"Queremos a liberdade do ex-presidente Lula, até como forma de garantir que o processo eleitoral de 2018 seja limpo e democrático, via essencial para que possa prevalecer nossa plataforma democrática, dos direitos trabalhistas e sociais e do desenvolvimento de nosso País", conclui a nota.