Politica

Militantes impedem saída de Lula do Sindicato dos Metalúrgicos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava num veículo prata, que foi impedido de sair do local. Lula deixou o carro e voltou ao prédio

Vinicius Nader, Adriana Izel, Felipe Seffrin - Especial para o Correio
postado em 07/04/2018 17:07
Militantes quebram portão do Sindicato dos Metalúrgicos
São Bernardo do Campo - Por volta das 16h55 deste sábado (7/4), militantes em frente à sede Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), impediram a saída do carro em que estava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

[SAIBAMAIS]Os apoiadores ao PT quebraram o portão e permaneceram em frente ao local com o objetivo de impedir que Lula se entregue à Polícia Federal, em cumprimento à ordem de prisão decretada na quinta-feira (5). Devido à dificuldade de sair com o veículo, Lula deixou o carro e voltou à sede.

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Antes dessa tentativa, os militantes já haviam feito cordões humanos para fechar o portão da garagem da sede. Eles também gritaram diversas vezes "cercar, cercar e não deixar prender". Seguranças chegaram a negociar com a militância uma forma para liberação da saída do ex-presidente. Eles conseguiram retirar os arames e as correntes, que foram colocadas no portão, mas o povo segue irredutível e disposto a sentar no chão.

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A senadora Gleisi Hoffmann subiu ao carro de som para falar com os militantes. "A coisa que eu mais queria era fechar as portas do sindicato e estar no meio dessa resistência. Sei da importância que ele tem para esse povo. Sabia que teríamos gente sentada, em frente aos portões. O que vocês estão fazendo, um ato de resistência, nós gostaríamos de estar do lado", afirmou.

Gleisi Hoffmann em cima do trio elétrico

A presidente do PT disse ainda que a Polícia Federal deu meia hora para a situação ser resolvida e explicou que se o ex-presidente não se entregar, isso pode levar a prisão preventiva. "Mais do que ninguém, eu queria que Lula estivesse livre, que a gente resistisse, mas precisamos acumular forças, mobilizar o país". Gleise quer evitar um possível conflito com a polícia.

O presidente do PT de São Paulo, Luiz Marinho, também discursou: "Estamos dando exemplo para o mundo de como se defender uma liderança. Estamos dando uma lição de amor e carinho. O povo decidiu fazer Lula de novo presidente e vamos fazer".

Marinho propôs que a militância votasse para decidir se Lula se entrega ou não à PF. Antes de votarem, o presidente do PT paulista vai explicar aos manifestantes as consequências de uma possível prisão preventiva.

O deputado Paulo Teixeira também discursou e ressaltou que eles devem, agora, fazer "pressão para na quarta feira conseguir a liberdade do presidente Lula". Ele ainda continuou: "O inimigo quer decretar a prisão preventiva, se decretar, ele pode negar o HC, e tem o dominio do TRF 4 que vai negar, depois vai pro relator no STJ, que vai negar, vai chegar ao Supremo, que é da República do Paraná e que também vai negar. Por isso estamos discutindo quais os campos de menos danos. O campo de maior dano é a preventiva e o de menor é a batalha no Supremo. Queremos a proteção do Lula e trazermos pra rua o mais rapido possível".

João Paulo Rodrigues, do MST, alertou que o território ao redor está cercado por policiais e pediu para que os manifgestantes não entrem em provocação, mas que não vão topar qualquer tipo de repressão.

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