Politica

Justiça autoriza PF a mirar Dilma nas investigações de troca de emails

Como Dilma perdeu o foro privilegiado no processo do impeachment, o processo foi encaminhado à primeira instância, para a 10ª Vara Federal em Brasília

Rodolfo Costa
postado em 09/04/2018 22:37
Como Dilma perdeu o foro privilegiado no processo do impeachment, o processo foi encaminhado à primeira instância, para a 10ª Vara Federal em Brasília
A ex-presidente Dilma Rousseff entrou na mira da Polícia Federal. A Justiça Federal autorizou o encaminhamento do processo que investiga a petista de ter alertado os marqueteiros João Santana e Mônica Moura sobre o risco de prisão, quando ainda era presidente da República, à PF.

O processo não é recente. Em setembro de 2017, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou Dilma ao Supremo Tribunal Federal (STF) por obstrução de Justiça. A novidade está por conta da possibilidade de a PF também participar das investigações.

Como Dilma perdeu o foro privilegiado no processo do impeachment, o processo foi encaminhado à primeira instância, para a 10; Vara Federal em Brasília. O juiz Ricardo Soares Leite, ao receber os autos do STF, não encontrou participação da PF nas investigações. Todo o processo foi liderado apenas no âmbito da PGR.

A expectativa, agora, em primeira instância, é que a PF e o Ministério Público Federal (MPF) atuem juntos nos desdobramentos das investigações. A suspeita é de que Dilma tenha usado emails alimentados no rascunho de uma conta no Gmail para trocar informações com João Santana e Mônica.

Dilma foi denunciada por Janot em 6 de setembro de 2017, pouco menos de duas semanas antes de o ex-PGR deixar o cargo. Ele denunciou a petista por crime de obstrução de investigação que envolve organização criminosa. As investigações dos emails foram utilizadas como parte das provas.

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