Alessandra Azevedo, Rodolfo Costa
postado em 12/04/2018 11:25
A reforma ministerial não mudará a forma de trabalho adotada pelo governo federal até então. E isso implica gerir a máquina sem se importar com críticas. Esse foi o tom adotado nesta quinta-feira (12) pelo presidente Michel Temer, na primeira reunião ministerial com os novos auxiliares, empossados na terça-feira (10). Em discurso, o emedebista disse que o Palácio do Planalto não vai se incomodar com ;aqueles que querem dizer ;não, não pode isso e aquilo;;. ;Nós vamos em frente. Enquanto as pessoas protestam, a caravana do governo aqui vai trabalhando;, declarou.
O objetivo de Temer é dar prosseguimento à agenda de reformas e ações adotadas. E alertou que não tolerará modificações na estrutura ou em programas das pastas. ;Eu ressalto muito a palavra continuidade, pois, às vezes, um ministro pode chegar e entender que pode modificar, seja a estrutura ou programa do ministério. Isto, neste momento, devo alertar, não é razoável, nem admissível. O que os senhores vão fazer, e muitos já estavam no ministério, é dar continuidade ao trabalho que vem se desenvolvendo;, destacou.
A convicção de Temer de que não há motivos para temer as críticas se ampara em resultados obtidos até o momento. Ele ressalta que, quando o chamado teto dos gastos foi aprovado no Congresso Nacional, o discurso de boa parte da população era de que ;acabaria com a saúde e a educação;. ;E o que houve foi um aumento das verbas para a saúde e educação;, destacou.
Como exemplos, ele destacou que o governo criou 500 mil novas vagas no tempo integral em 2018, aumentou o número de bolsas ofertas pelo Prouni em 10%, e reajustou pela primeira vez em sete anos os recursos do programa de merenda escolar. ;O teto dos gastos nenhum prejuízo causou à atividade educacional;, frisou. Temer também comemorou os avanços na área da saúde pública, tanto ;no plano pessoal;, com aumento de agentes comunitários da atenção básica, quanto no ;plano material;, com renovação de frotas de ambulâncias.
O chefe do Executivo federal ressaltou o crescimento de 230% no número de consultas nas unidades básicas de saúde ; de 196,3 milhões para 649 milhões, segundo o presidente. ;São milhares de novas equipes na chamada atenção básica. Desde maio de 2016, foram habilitados 15.105 novos agentes comunitários de saude;, apontou.
Além da mensagem "de incentivo", os assuntos tratados foram de avanços econômicos e fiscais, com destaque para a "obediência absoluta ao teto dos gastos públicos", a intervenção federal no Rio de Janeiro. No encontro, que se configurou mais como um balanço das ações governamentais, Temer citou os avanços conseguidos até agora pelo governo ; que, como de costume, ressaltou ter ;menos de dois anos; ; e garantiu que, nessa nova fase, ;teremos coisas novas, programas novos, eventos novos;.
;Temos um ano e 11 meses de governo. Temos praticamente mais nove meses de governo. Se temos oito, nove meses, temos muito a fazer ainda;, disse o presidente aos ministros. ;Que nós possamos prosseguir com as mesmas teses, programas e vitórias que temos tido;, completou.
Intervenção
No encontro, Temer lembrou que os resultados da intervenção federal no Rio de Janeiro, à qual chamou de ;intervenção cooperativa;, não são imediatos. ;Acham que amanhã está tudo resolvido, não é assim. As coisas têm um ritmo. Mas um ritmo muito célere;, ressaltou. ;Botamos o dedo na ferida e estamos nos organizando cada vez mais para que possamos combater a insegurança que tanto aflige os brasileiros. No Rio de Janeiro , houve uma sensível redução dos crimes após a intervenção."