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Maia não vê surpresa em Datafolha e diz que indefinição aumenta sem Lula

Na avaliação do presidenciável, o levantamento só comprova o que o meio político já esperava

Pré-candidato à Presidência da República pelo DEM, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), afirmou que a pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (15/4) não traz nenhuma surpresa para ele. Na avaliação do presidenciável, o levantamento só comprova o que o meio político já esperava: que a indefinição sobre a disputa presidencial aumenta com a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito.

"Nenhuma surpresa. Sem Lula, a indefinição aumenta", afirmou Maia. Para ele, nem mesmo o desempenho entre 8% e 10% do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, recém filiado ao PSB, surpreendeu "A expectativa de muitos era Joaquim Barbosa com 15%, 20%. Eu não esperava. Achava que ele viria entre 8% e 10% mesmo", disse o parlamentar fluminense.

Na pesquisa Datafolha, o presidenciável do DEM se manteve com 1% das intenções de voto, no melhor dos cenários, com ou sem Lula na disputa. Ele afirmou que não esperava melhorar seu desempenho "Não esperava. A agenda das últimas três ou quatro semanas foi Lula e seu entorno. E o prazo de filiações (que acabou em 7 de abril) parou tudo", justificou o presidente da Câmara.

Mais detalhes

O Datafolha divulgado neste domingo foi o primeiro após Lula ter sido preso. O levantamento mostra que o ex-presidente lidera corrida à Presidência da República com 31% das intenções de votos no melhor cenário, mas viu a diferença diminuir em relação aos seus principais adversários após ser preso pela Operação Lava Jato. No fim de janeiro, no levamento anterior, o petista tinha até 37%.

A pesquisa também mostrou que os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) herdam votos de Lula, mas perdem para indecisos - 1/3 de lulistas diz não ter candidato se o petista não disputar o pleito. Nos cenários sem Lula, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 17% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Marina Silva (Rede), entre 15% e 16%. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob número BR-08510/2018. A pesquisa foi realizada entre quarta-feira, 11, e sexta-feira, 13.