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"A Justiça é para todos", diz Alckmin sobre Azeredo

A declaração do ex-governador sobre o colega ocorreu em Brasília, antes da sessão solene em homenagem ao deputado federal Luís Eduardo Magalhães, ex-presidente da Câmara

Alessandra Azevedo, Bernardo Bittar
postado em 25/04/2018 16:06
Sem apoio fechado de tucanos importantes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Alckmin mostra fraqueza na largada da corrida que leva ao Planalto
Ainda sem fôlego na campanha presidencial, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) disse lamentar a situação jurídica do correligionário Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais, mas afirmou que "a Justiça é para todos". Embora tenha suas próprias diferenças com o Judiciário, o tucano afirmou que "decisão judicial a gente cumpre". Nesta terça (24/4), a maioria dos membros da 5; Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) rejeitou os recursos de Azeredo.

[SAIBAMAIS]Há duas semanas, Alckmin se envolveu em uma polêmica, quando a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), encaminhou à Justiça Eleitoral de São Paulo um inquérito instaurado com base na delação da Odebrecht que investiga o tucano por suspeita de caixa 2. Desta maneira, Alckmin se livrou, por ora, da rota da Lava-Jato.

Sem apoio fechado de tucanos importantes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Alckmin mostra fraqueza na largada da corrida que leva ao Planalto. Tem dificuldade até em São Paulo, seu estado eleitoral. Ainda assim, especialistas acreditam que o ex-governador é uma das opções mais viáveis para o centro-esquerda. Segundo a pesquisa DataFolha feita apenas em São Paulo e divulgada na última terça (23/4), Alckmin empatou com Bolsonaro em segundo lugar, com 14% dos votos estaduais. Números não satisfatórios para quem se elegeu prefeito e governador anos atrás.

Alckmin viajou a Brasília a convite da Presidência da Câmara, onde houve sessão solene em homenagem aos 20 anos da morte do ex-presidente da Casa, Luís Eduardo Magalhães, com quem ele atuou como deputado federal nos anos 1990. Luís Eduardo era filho de Antônio Carlos Magalhães e morreu após sofrer um infarto, aos 43 anos. Ainda em sua memória, um jantar será oferecido para autoridades na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Metas

"É claro que a situação econômica é difícil. Você ter três anos consecutivos de deficit primário. Mas é possível, sim, equacionar", garantiu. "Temos uma equipe bastante preparada", lembrou. O primeiro seminário que fará será sobre segurança pública. "Com propostas bem objetivas para questão de fronteira, tráfico de drogas, tráfico de armas, contrabando. Também com metas para serem atingida", frisou.

Está marcada para 9 de maio uma reunião com o coordenador de comunicação da pré-campanha, Luiz Felipe D;Ávila. Outro encontro está sendo agendado com o ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida, que vai coordenar a área econômica do grupo.

A ideia, segundo Alckmin, é traçar metas para se atingir os objetivos, sendo o principal deles dobrar a renda dos brasileiros. "É o que está sendo fechado pelo Pérsio e por toda a equipe", disse. As metas serão fixadas ano a ano, "de maneira bem clara", segundo o tucano. "O objetivo é melhorar a vida das pessoas, dobrar a renda dos brasileiros", reforçou.

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