Politica

Sem Joaquim Barbosa, PSB estuda apoio à candidatura de Ciro Gomes

Apoio ao ex-governador do Ceará vai depender do resultado de uma reunião marcada para semana que vem

Bernardo Bittar
postado em 08/05/2018 14:26
Partido convocou reunião de emergência após ex-presidente do STF desistir da corrida ao Planalto
A desistência de Joaquim Barbosa (PSB) na corrida pelo Planalto, anunciada pelo ministro apsentado do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, significa que o partido não tem mais 14 milhões de votos garantidos e nem sequer deverá ter candidato à Presidência, diz o presidente da legenda, Carlos Siqueira. O mais provável, agora, é que o partido apoie Ciro Gomes (PDT), mas isso vai depender do resultado de uma reunião marcada para semana que vem.
O ministro aposentado do Superior Tribunal Federal (STF) era visto como alguém de fora, um outsider que, avesso à velha política, talvez conseguisse alçar a legenda a um patamar nunca antes conquistado. Siqueira diz que a desistência estava entre as possibilidades, mas que nunca foi encarada como uma possibilidade real, tanto que o partido não tinha um plano B.
"Ele estava com ressalvas. Aí falei: ;Olha, ministro, só vale ser candidato se tiver muita vontade. Se não tiver, melhor desistir. Foi o que ele fez", diz Siqueira. Com a mudança no cenário, foi convocada uma reunião em tom de emergência para resolver a questão. "A executiva deve se encontrar nos próximos dias, talvez na semana que vem, para ponderar tudo o que aconteceu. Não há plano B, então, o mais provável é que não exista outro candidato", complementou Siqueira.

Sobre fechar com Ciro Gomes, o presidente do PSB prefe a cautela, por enquanto, afirmando ser um tema muito delicado imediatamente após uma notícia dessas. "A decisão será tomada em conjunto, mas ainda não sabemos em que tom isso ocorrerá". Entretanto, o pedetista seria uma escolha natural dos governadores, que podem pressionar o partido em busca de uma chapa presidencial. A reportagem entrou em contato com a assessoria do PDT, que preferiu não se manifestar.

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