Agência Estado
postado em 11/05/2018 11:16
O ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República, afirmou nessa quinta-feira (10/5) que o perfil do empresário Benjamin Steinbruch, dono do grupo Vicunha Têxtil e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), além de vice-presidente da Fiesp, "responde perfeitamente" ao que ele procura para ser vice em sua chapa.
"Doutor Benjamin Steinbruch é um velho amigo. Estou há tanto tempo na estrada, que era amigo do pai dele. Ele tem todas as qualidades para qualquer tarefa, mas nunca me deu qualquer sinal de pretensão de entrar na política", disse Ciro, que negou que tenha tratado do assunto com Steinbruch.
Em entrevista recente ao jornal O Estado de S. Paulo, o pedetista disse que procura um vice da produção e da região Sudeste. Steinbruch, que foi chefe de Ciro na CSN até 2015, filiou-se ao PP em abril, dentro prazo para ser elegível nessas eleições. A informação foi revelada anteontem pelo Estadão/Broadcast.
"Esse momento está pontilhado de fofoca, intriga e especulação. Só quem vai falar na minha dimensão é o presidente do PDT, Carlos Lupi. Ele está autorizado a abrir qualquer conversa, porque pretendo unir o Brasil que produz com o Brasil que trabalha", disse Ciro, após participar de um debate com presidenciáveis promovido pela União Nacional dos Legisladores Estaduais, em Gramado (RS).
O pré-candidato do PDT disse, ainda, que pretende contar com o PSB em sua chapa. "O PSB sempre estará na minha cogitação. Quero unir partidos que têm mais afinidade com o mundo dos pobres. O PSB está em um esforço notável de voltar a sua melhor tradição", afirmou o ex-ministro.
Temer
Questionado sobre a possibilidade de o presidente Michel Temer desistir de disputar a reeleição, Ciro chamou o emedebista de "salafrário". "Ele saiu? Eu gostaria que ele fosse candidato para ver o tamanho da repulsa que o povo brasileiro tem a um golpista salafrário. Na prática, é isso que ele é."
O presidenciável também ironizou as articulações do governo para tentar unificar o centro nas eleições. "O centro é um ponto imaginário da geometria. Só existe como ficção intelectual. O que estão tentando organizar é a direita brasileira. Eles têm que assumir que são da direita", declarou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.