Politica

Gilmar Mendes manda soltar Paulo Preto, operador de propinas do PSDB

Ministro destacou que não existem indícios de que o acusado esteja tentando interferir no trabalho de investigação e revogou prisão preventiva

Renato Souza
postado em 11/05/2018 18:58
Paulo Preto: para Mendes, não existem indícios de que o acusado esteja tentando interferir nas investigações
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, no começo da noite desta sexta-feira (11/5), a soltura de Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa e apontado como operador de propinas do PSDB na Lava-Jato. Ele está preso desde o dia 07 de abril, por decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro.

[SAIBAMAIS]Paulo Preto cumpria prisão preventiva por ordem da 5; Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, mesma vara judicial que aceitou denúncia contra ele por supostos desvios dos cofres públicos entre 2007 e 2009. A Dersa é uma empresa do estado de São Paulo, que é responsável pela construção e manutenção de rodovias.

Na decisão, Gilmar Mendes destaca que não existem motivos para manter a prisão, já que o réu demonstra não ter a intenção de atrapalhar o trabalho de investigação. Por fim, muito embora isso não esteja comprovado, a defesa sustenta que teve acesso aos novos depoimentos da colaboradora ainda em janeiro deste ano, quase três meses antes do decreto de prisão. Em tese, esse intervalo seria tempo hábil para a prática de outros atos de intimidação. Não há, no entanto, qualquer notícia de que a corré tenha sofrido constrangimentos no período. Ante o exposto, defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto de prisão preventiva de Paulo Vieira de Souza, o qual deverá ser posto em liberdade, se por outro motivo não estiver preso;, diz um trecho da decisão.

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